Com abono de dias parados e reajuste, bancários devem encerrar greve
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) enviou ao comando geral de greve dos bancários, proposta que varia entre 63% e 72% de anistia dos dias parados. A oferta foi feita neste sábado (24), durante plantão do comando nacional do movimento.
Na sexta-feira (23) os bancários já haviam recebido oferta de reajuste de 10% para os salários, para a PLR (Participação de Lucros na Empresa) e para o piso e 14% para os vales refeição e alimentação. A proposta dos bancários era de 16% de reajuste, mas a Fenaban insistia em 8,75%
Agora os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores, compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.
A nova proposta da Fenaban foi apresentada no 19º dia da greve e é semelhante às oferecidas nas campanhas anteriores, com reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados.
Na proposta inicial, a Fenaban recusava a reposição da inflação do período e também ganho real. O comando geral de greve viu com bons olhos a nova proposta e considera encerrar a greve durante assembleia nesta segunda-feira (26).
“A Fenaban queria punir os grevistas com o pagamento ou a compensação total das horas. Sem a forte greve que fizemos não teria sido possível!”, comemorou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.
Com essa oferta, o Comando Nacional está orientando os sindicatos a realizar assembleias e indicar a aceitação da nova proposta.
Em Campo Grande, 100% das agências aderiram a greve. No total, das 170 unidades que abrangem a região comandada pelo sindicato da Capital, 143 estão fechadas.