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Capital

Com apenas 1 terço vacinado, nada muda em operação “Tolerância Zero"

Último decreto, com toque de recolher às 23h, tem validade até sexta e não leva em conta bandeira vermelha

Caroline Maldonado e Paula Maciulevicius Brasil | 12/07/2021 11:24
Guardas civis trabalhando, durante toque de recolher em Campo Grande (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami) 
Guardas civis trabalhando, durante toque de recolher em Campo Grande (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

A operação “Tolerância Zero", realizada por guardas civis e outros agentes de fiscalização, vai continuar nos próximos finais de semana, mesmo que o toque de recolher passe das 23h para as 00h. O motivo é a quantidade de pessoas que ainda não estão totalmente imunizada com a vacina contra a convid-19, segundo o secretário Municipal de Segurança e Defesa Social de Campo Grande, Valério Azambuja.

Um terço da população campo-grandense ainda não recebeu as duas doses ou dose única, conforme o secretário. Além disso, as fiscalizações intensas durante a pandemia trouxeram muitos outros benefícios à cidade, na avaliação de Valério. A tranquilidade só deve vir com mais de 80% imunizados.

Houve redução em números de acidentes e mortes no trânsito com o impacto do trabalho em conjunto da Guarda Civil Municipal, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

Máscara e limpeza com álcool em gel também devem seguir fazendo parte da realidade da cidade, na opinião do secretário.

“É um hábito que acredito que ainda vai continuar por bastante tempo e quiçá, em alguns ambientes, deveriam ser permanentes. O número da taxa de doenças respiratórias nesse momento foi lá em baixo. Será que é por conta do uso da máscara? Será que por conta dessa higiene básica com álcool? Claro que é”, avalia Valério.

Para o secretário, o trabalho preventivo de fiscalização nas ruas, que já acontece há um ano e quatro meses, é importante para fazer as pessoas perceberem que ainda precisam colaborar para que tudo volte ao normal.

“Surte efeito quando você coloca fiscais da prefeitura, principalmente da vigilância sanitária, Agetran, Semadur e GCM dando apoio. Tem aquele efeito pedagógico para a população entender que aquilo é um sinal de que precisa colaborar. Quem tem um comércio noturno tem que colaborar, obedecer e, mais do que isso, o resultado prático é a economia funcionar, a saúde pública poder absorver a demanda de internações e tudo mais”, comenta o secretário.

Secretário Municipal de Segurança e Defesa Social da Capital, Valério Azambuja, durante lançamento da 4ª Fase do Plano Municipal de Segurança Pública da Capital (Foto: Paula Maciulevicius Brasil)
Secretário Municipal de Segurança e Defesa Social da Capital, Valério Azambuja, durante lançamento da 4ª Fase do Plano Municipal de Segurança Pública da Capital (Foto: Paula Maciulevicius Brasil)

Toque de recolher - Com a vacinação em ritmo acelerado e redução na taxa de contaminação e internações por covid-19, é possível que o toque de recolher passe de 23h para às 00h, em Campo Grande.

O assunto ainda será discutido pelo comitê gestor de assuntos relacionados à covid-19, criado pela prefeitura. O novo horário foi apontado como probabilidade pelo secretário.

“O toque de recolher, por hora, vai seguir as regras do governo estadual, a não ser que o comitê da prefeitura, que trata desse assunto, venha, a partir da semana que vem, passar para as 00 horas”.

Não tem nada definido, segundo o secretário, mas a mudança no horário está diretamente relacionada à capacidade dos hospitais de atender a demanda. Nos últimos dias, os leitos têm sido suficientes.

O secretário falou do assunto, ao Campo Grande News, durante lançamento da 4ª Fase do Plano Municipal de Segurança Pública da Capital, na Esplanada Ferroviária, na manhã de hoje (12).

O último decreto que estipula toque de recolher às 23h é do dia dois deste mês e tem validade até sexta-feira (16). Depois disso, a prefeitura deve decretar novo horário. A última determinação da prefeitura não leva em conta bandeira vermelha do Prosseguir (Programa de Segurança da Saúde e da Economia) do governo estadual.

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