Com estrutura cara, executores fuzilaram carro de PM duas vezes
Ilson foi executado a tiros de fuzil AK 47 e carabina 556; os pistoleiros também incendiaram os dois veículos que custam a partir de R$ 90 mil até R$ 168 mil
A Polícia Civil suspeita que o veículo Kia Sportage onde o policial militar reformado Ilson Martins de Figueiredo, 62 anos, foi executado nesta manhã (11) tenha sido atingido por pelo menos duas “rajadas” de disparos.
Foram ao menos 45 tiros. A estimativa preliminar era de que a vítima havia sido atingida por ao menos 35 disparos, mas só os laudos periciais serão mais conclusivos e devem ser divulgados nos próximos dias.
“A primeira de aproximadamente 15 tiros, enquanto o carro ainda estava em movimento. Após a colisão, mais outros trinta disparos”, comentou o delegado Marcio Shiro Obara, titular da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e responsável pela investigação.
Mesmo em fase inicial, a polícia já descarta a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte).
A estrutura usada pelos criminosos na ação também é um fator que chama a atenção dos investigadores. “É notório que se tratou de uma execução previamente planejada e que esse grupo associado, mantém uma estrutura financeira diferenciada pois descartaram veículos de um poder aquisitivo alto”, pontuou o delegado.
Ilson foi executado a tiros de fuzil AK-47 e carabina 556. Após a execução, os pistoleiros também incendiaram uma picape Fiat Toro e a caminhonete Toyotta Hilux Sw4. Os veículos custam no mercado a partir de R$ 90 mil e R$ 168mil, respectivamente.
Ainda segundo Obara, a arma do PM foi encontrada pelos peritos no assoalho do carro, mas ainda não é muito cedo para apontar se ele teria tentado revidar ao ataque. “Nessa fase da investigação ainda não é possível associar o que ocorreu hoje a nenhuma outra situação. Apenas que uma tentativa de roubo não foi”, ressaltou Obara.
Crime - Ilson Martins de Figueiredo foi assassinado com tiros de fuzil AK-47 nesta manhã, na avenida Guaicurus, em Campo Grande. Ele era o chefe da segurança da Assembleia Legislativa.
A vítima seguia sentido bairro, quando foi interceptada pelos atiradores. O 1º sargento perdeu o controle da direção e derrubou o muro de um comércio. Ilson morreu na hora.
A picape Fiat Toro e a caminhonete Toyotta Hilux Sw4, teriam sido roubadas para serem usadas no crime. Ambos veículos foram incendiados logo após a execução.