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Capital

Com venda de projetores, quadrilha ia comprar fuzis para favelas do RJ

Alan Diógenes e Kleber Clajus | 16/04/2015 16:43
Policia identificou um integrante da quadrilha que está foragido. (Foto: Alcides Neto)
Policia identificou um integrante da quadrilha que está foragido. (Foto: Alcides Neto)
Ao todo, sete carretas foram apreendidas e eram utilizadas para o transporte dos projetores. (Foto: Alcides Neto)
Ao todo, sete carretas foram apreendidas e eram utilizadas para o transporte dos projetores. (Foto: Alcides Neto)
Delegada Ana Cláudia falou nesta quinta sobre a investigação (Foto: Alcides Neto)
Delegada Ana Cláudia falou nesta quinta sobre a investigação (Foto: Alcides Neto)
Uma das carretas tem logomarca de empresa onde a carga foi roubada no Rio de Janeiro (Foto: Alcides Neto)
Uma das carretas tem logomarca de empresa onde a carga foi roubada no Rio de Janeiro (Foto: Alcides Neto)

A Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) encerrou a primeira etapa da “Operação Projeção” e as investigações apontam que a quadrilha iria vender os projetores de cinema importados, avaliados em R$ 24 milhões, por fuzis destinados às favelas do Rio de Janeiro. Além dos três ladrões que já estão presos e o que foi identificado, mas está foragido, outras cinco pessoas estão envolvidas no crime.

Conforme a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelo caso, estão presos os irmãos Célio Andrade de Barcelos, 37 anos, e Luis César Andrade, 35, além de Antônio Cláudio Barbosa, 38. Eles estão no Presídio de Segurança Máxima na Capital e vão responder por receptação, adulteração de sinal veicular, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e corrupção de servidor público. Já o foragido foi identificado como Carlos Santana Siqueira, sendo ele dono da transportadora Ideal.

Sete carretas, preliminarmente adulteradas, foram apreendidas junto com mais três veículos de passeio. Uma das carretas tinha o logotipo da transportadora de propriedade de Carlos e outro da empresa Lumari, dona dos galpões onde os projetores estavam armazenados no Rio de Janeiro.

Segundo a delegada, a carga foi fracionada para facilitar o transporte até Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde elas seriam “esquentadas” e retornariam para o Brasil. O lucro com a venda dos projetores seria para a aquisição de fuzis com destino às favelas cariocas.

Outras cinco pessoas também estariam envolvidas no furto. Já se sabe que duas delas desenvolviam o papel de motoristas dentro da quadrilha e outra era o carregador. Também há envolvimento de um empresário carioca do ramo de transportes e um funcionário de alta patente da segurança pública.

Autoridade paraguaiaA Deco investiga ainda o envolvimento de uma “alta autoridade do Paraguai”, segunda a delegada. “Este já é o maior furto de cargas do país em que conseguimos recuperar toda o material. Aguardamos o poder judiciário decidir quanto ao destino das outras cinco pessoas envolvidas para concluir o inquérito, já que se trata de um crime transnacional. A segunda etapa da operação depende disso", explicou Ana Cláudia.

A organização criminosa estaria atuando há 3 anos e tem histórico de envolvimento em furtos à cargas de café, cigarros e medicamentos. Os projetores apreendidos em Campo Grande já foram encaminhados ao Estado de São Paulo. Eles foram adquiridos mediante financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e tem por objetivo atender programa destinado a digitalização de cinemas.

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