Comércio reclama de abandono após alagamento na Rua da Divisão
Lama persiste na região e moradores dizem que apelos à prefeitura não têm resposta
Moradores e comerciantes da Rua da Divisão afirmam que o alagamento voltou a atingir a região nesta segunda-feira (8), em Campo Grande, depois que a água desceu de bairros mais altos e espalhou lama pela via. Eles dizem que o problema ocorre há anos, mesmo sem chuva no Parati, e relatam que já pediram solução ao poder público. Os trabalhadores afirmam que não receberam resposta efetiva das autoridades.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Moradores e comerciantes da Rua da Divisão, em Campo Grande, enfrentam problemas recorrentes de alagamento e acúmulo de lama, mesmo sem chuva no local. A situação, que persiste há anos, é agravada pelo escoamento de água proveniente de bairros mais elevados. O problema teria se intensificado após um recapeamento realizado há cinco anos, quando a instalação prometida de bocas de lobo não foi concluída. Moradores relatam que já buscaram auxílio junto à prefeitura e à Águas Guariroba, mas não obtiveram soluções efetivas para o problema que afeta o comércio local e a qualidade de vida dos residentes.
O comerciante Juliano Amorim, 38 anos, afirma que a água invade a frente da loja sempre que chove e compromete o atendimento. “Alaga tudo e prejudica até os clientes que estão entrando na loja, porque a rua fica cheia de água e cheia de lama”, diz. “Eu estou aqui faz mais de cinco anos e toda chuva provoca o mesmo cenário, sem que nada seja resolvido”, completa.
Juliano relata que tenta contato com a prefeitura e com a Águas Guariroba, mas afirma que não encontra definição de responsabilidade. “Um joga a culpa no outro, e ninguém resolve nada”, diz. “A prefeita já veio aqui, a gente já avisou, já falou com todo mundo, mas nunca tivemos retorno”, afirma.
O engenheiro agrônomo Carlos Henrique Ferreira, 39 anos, morador do Vilage Parati, afirma que a região sofre com acúmulo constante de lama após cada enxurrada. “O apelido daqui é Piscinão de Ramos. É só olhar essa lama toda”, diz. “Eu trabalhei na prefeitura e vi no mapa que todas as ruas daqui aparecem como asfaltadas, mas, na verdade, muitas não têm asfalto”, afirma.
Carlos relata que moradores cobram o asfaltamento das vias paralelas e dizem que apenas recebem promessas. “A gente fala com a prefeitura inúmeras vezes e só escuta que as ruas serão asfaltadas, mas nunca dizem quando”, diz. “Agora fica esse barro quando chove e essa poeira quando seca, que atrapalham até os comerciantes, porque precisam limpar tudo o tempo todo”, completa.
O comerciante Graço Duarte, 45 anos, afirma que a água chega à Rua da Divisão mesmo quando não chove no bairro. “Às vezes nem precisa chover aqui, porque a água desce das ruas de cima”, diz. “Se chove lá na Joana D’Arc, o barro vem inteiro para cá, mesmo quando aqui está seco”, afirma.
Graço relata que o problema se agravou depois do recapeamento feito há cinco anos. “Quando fizeram o recapeamento, falaram que iam construir oito bocas de lobo ali e mais oito lá em cima”, diz. “Só que fecharam o asfalto sem terminar o serviço e nunca concluíram a drenagem”, afirma. “Se tivessem feito as bocas de lobo, o problema teria diminuído, porque a água teria para onde correr”, conclui.
A reportagem entrou em contato com a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e aguarda retorno.
Confira a galeria de imagens:
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.











