"Comprei em consórcio", diz vítima sobre carro destruído por policial
Mulher gastou R$ 4 mil em conserto na noite anterior ao crime e questiona quem vai pagar prejuízo
"Tô muito frustrada, muito decepcionada, e não sei quem que vai arcar com esse prejuízo do meu carro. Eu trabalhei desde os 18 anos pra conseguir fazer o consórcio e quitei o carro tem pouco tempo", disse a mulher, de 27 anos, dona do Honda Fit que foi destruído pelo namorado, o policial penal federal Alex Andrade Rios, de 45 anos.
Em entrevista ao Campo Grande News, a vítima contou que o veículo é blindado e, por isso, ainda não sabe quanto o conserto vai custar, está preocupada com o valor, mas feliz por nada ter acontecido com ela durante o surto de ciúmes do namorado, na noite da última terça-feira (3)
Um dia antes do crime, a vítima já havia gasto R$ 4 mil para resolver uma pane no veículo, mas o problema voltou e a vítima precisou acionar o mecânico novamente. Ela também conta que ligou para o namorado, pedindo para ele a encontrar no posto e juntos aguardarem o mecânico.
"Na hora que o mecânico chamou na porta ele [Alex] não reconheceu, sendo que ele já tinha ido na oficina comigo, já tinha conhecido e conversado com o mecânico. Assim, ele começou com a crise de ciúmes, achando que eu chamei o mecânico de 'meu amor', sendo que eu falei 'moço'. Como ele não estava sóbrio, não sei o que passou na cabeça dele, mas aí começou a briga", explica a vítima.
Alex agrediu a namorada dentro do carro, mas ela conseguiu sair correndo. Fora do veículo, o policial penal federal ainda deu um tapa na vítima, a empurrou e começou a quebrar o carro. Ele ainda bateu no mecânico e falou que ia atirar na namorada.
Conforme o relato da vítima, os dois se conhecem há bastante tempo e chegaram a namorar por 6 meses, mas o relacionamento acabou depois que Alex teve uma crise de ciúmes e foi agressivo verbalmente, mas haviam reatado a cerca de um mês.
Apesar dos estragos e das agressões, nada grave aconteceu com a vítima e com o mecânico. Alex foi preso em flagrante e, na tarde de ontem (54), teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia.
"Sou grata a Deus por não ter acontecido nada comigo e nem com o mecânico. Agora, é levantar a cabeça e correr atrás de tudo de novo, e esperar que a justiça seja feita", finalizou a vítima.
Alex confessou que estava embriagado no momento do crime e que momentos antes, havia usado cocaína pela primeira vez. O uso de drogas está sendo investigado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional), confira a nota enviada à imprensa: "O Depen esclarece que foi oficialmente informado sobre os fatos no dia 4 de agosto e que o caso está sob apuração pelas autoridades estaduais, bem como sob análise da Corregedoria-Geral do órgão."