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Capital

Defesa espera conclusão de laudos para definir estratégia no caso Kauan

Rafael Ribeiro | 28/07/2017 09:28
Policiais civis e bombeiros durante as buscas ao corpo de Kauan na última quinta-feira: novas informações (Foto: André Bittar)
Policiais civis e bombeiros durante as buscas ao corpo de Kauan na última quinta-feira: novas informações (Foto: André Bittar)

O advogado Alessandro Farias Rospide, responsável pela defesa do homem de 38 anos suspeito de estuprar e matar o menino Kauan Andrade Soares dos Santos, 9, cujo corpo está desaparecido há mais de um mês, disse que prefere esperar pelo encaminhamento de um dos inquéritos do caso, que será concluído nesta sexta-feira (28) pela Depca (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente).

Delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto remeterá à Promotoria a acusação de seis estupros de vulneráveis contra Deivid Almeida Lopes. Outros dois casos são investigados e também podem ser incluídos posteriormente contra o ex-professor de português da rede municipal de ensino.


“Fica difícil falar algo, decidirmos algo, enquanto a perícia não conclui os laudos do que foi apreendido na casa dele (Lopes). Somente com esses dados podemos traçar a atuação”, completou Rospide, por telefone.


Segundo o advogado, somente a perícia responderá duas questões: se de fato a casa do ex-professor foi cenário de estupros e se o material de pedofilia apreendido realmente foi produzido por ele.


Outro inquérito corre em paralelo pela Polícia Civil, que investiga Lopes pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Kauan.


Na última quinta-feira (27), após novos indícios, os Bombeiros recomeçaram as buscas pelo corpo no Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em frente ao Caic (Centro de Atendimento Integral à Criança) Rafaela Abrão, no Jardim Aero Rancho (zona sul). Kauan estaria em uma tubulação de esgoto no local.


Após varredura de mais de 30 quilômetros no rio iniciadas na última semana, ela havia sido suspensa há dois dias por falta de indícios concretos que poderiam levar à localização.


O local inicial das buscas foi decidido por meio do depoimento dado pela testemunha do caso, um adolescente de 14 anos. Mas nesta quinta outros dois jovens, ambos com o rosto coberto, acompanhavam policiais e Bombeiros.


“Não sabemos quem são esses adolescentes e o que de novo podem acrescentar à história. Tem de esperar, ver se o corpo será encontrado”, disse Rospide.


O advogado completa que é necessária cautela neste momento. “Se ele (Lopes) for inocentado, não adiantará nada, ele já foi julgado e decapitado”, disse. “Infelizmente o povo pré-julga sem nenhuma prova. E quem mais sofre é a família, que não tem culpa de nada e está estarrecida com isso tudo que vem acontecendo”, apontou.

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