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Capital

Defesa pede e MP é favorável à soltura de tatuador preso por violência doméstica

Defesa de Leandro havia pedido pela prisão domiciliar, mas Ministério se manifestou a favor da revogação

Por Gabi Cenciarelli | 18/03/2025 16:02
Defesa pede e MP é favorável à soltura de tatuador preso por violência doméstica
Leandro em entrevista ao Campo Grande News no dia 7 de fevereiro deste ano (Foto: Henrique Kawaminami)

Após o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) deu parecer favorável à revogação da prisão de Leandro Coelho Marques e para que processo seja arquivado. Desde 19 de fevereiro, o tatuador está em cárcere, acusado de descumprir medida protetiva contra a ex-companheira.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul solicitou a revogação da prisão de Leandro Coelho Marques, tatuador preso desde fevereiro por descumprir medida protetiva contra a ex-companheira. A promotora Clarissa Carlotto Torres argumenta que não há provas suficientes para uma ação penal. Leandro, que ficou cego após ataque com soda cáustica pela ex-namorada, enfrenta dificuldades na prisão devido à deficiência visual. A defesa pede liberdade provisória e substituição da prisão por monitoramento eletrônico. Leandro também responde por suposto golpe de R$ 80 mil contra a ex-esposa.

A manifestação ocorreu dentro de ação judicial em que há o pedido da defesa para a concessão da liberdade provisória. Na posição apresentada pela promotora de Justiça, Clarissa Carlotto Torres, ela pontua que não se trata nem de conceder liberdade, mas de extinguir o mandado de prisão, já que ele sequer responderá a processo.

A justificativa é a falta de provas. "Verifica-se que não há justa causa para o ajuizamento de ação penal, diante da insuficiência de elementos a sustentarem a peça acusatória", explica o texto assinado pelo MP.

Outro motivo que justifica a decisão da promotoria é que a testemunha ouvida sobre o caso não estava presente no momento dos fatos. Além disso, por estar preso, Leandro não foi ouvido.

Defesa pede e MP é favorável à soltura de tatuador preso por violência doméstica
Leandro quando recebeu a reportagem em sua casa em Março de 2023 (Foto: Juliano Almeida)

De vítima a algoz - Em fevereiro de 2023, o tatuador Leandro Coelho Marques foi atacado com soda cáustica pela ex-namorada, Sônia Obelar Gregório, e perdeu a visão. Sônia foi presa no ano passado em Curitiba (PR) por lesão corporal gravíssima e segue detida.

No dia 7 de fevereiro de 2025, Leandro foi encontrado pela reportagem do Campo Grande News em frente à Casa da Mulher Brasileira, após ser preso por violência doméstica. Ele contou que se casou em junho de 2024 com uma farmacêutica, comprou uma casa no mesmo terreno que a dela e, após a separação, surgiram conflitos entre eles.

Em 2 de março de 2025, Leandro foi preso novamente por supostamente descumprir medidas protetivas contra a ex-esposa. O mandado havia sido expedido em 21 de fevereiro pela juíza Adriana Lampert e foi cumprido pela Delegacia Especializada de Proteção à Mulher.

A defesa do tatuador Leandro Coelho Marques, que ficou cego após um ataque com soda cáustica, solicitou sua liberdade provisória em março de 2025, após sua prisão. O advogado argumentava que a prisão viola sua dignidade, pois Leandro enfrenta dificuldades dentro do sistema prisional devido à deficiência visual e ao risco de violência. A defesa pediu a substituição da prisão por medidas cautelares, como monitoramento eletrônico.

Além disso, Leandro também responde a um processo por suposto golpe de R$ 80 mil contra a ex-esposa, com audiência prevista para o fim de abril.

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