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Capital

Depósito de armas do PCC na Capital tinha fuzil AR 15 e submetralhadora

Principais alvos da desencadeada nesta manhã são integrantes responsáveis em armar o PCC

Guilherme Henri e Ângela Kempfer | 12/06/2018 09:38
Viatura do Batalhão de Choque chegando ao Gaeco nesta manhã durante operação (Foto: Geisy Garnes)
Viatura do Batalhão de Choque chegando ao Gaeco nesta manhã durante operação (Foto: Geisy Garnes)

Os alvos na “Operação Paiol” desencadeada nesta manhã são integrantes responsáveis em armar o PCC, divulgou o MPE (Ministério Público Estadual). Até o momento, foram apreendidas na Capital quatro armas sendo um Fuzil AR-15, submetralhadora Hugger 9 milímetros, espingarda e uma pistola calibre 765. Além disso, foram presas sete pessoas, apreendidas 343 munições de diversos calibres e 800 gramas de Skank – a “super” maconha.

A ação foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e Polícia Militar. Conforme nota divulgada pelo MPE, as investigações tiveram início no ano passado.

No total, são cumpridos 27 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, em Campo Grande, Nova Andradina, Corumbá e Águas Lindas de Goiás (GO).

O objetivo da operação é o de combater tráfico de drogas, roubo, tráfico de armas e lavagem de dinheiro, praticados por membros do PCC. Segundo o MPE, os principais alvos são os integrantes responsáveis em cuidar do setor responsável pela aquisição, guarda, comercialização e empréstimo de armas de fogo, utilizadas pelos membros para o cometimento dos mais diversos crimes.

A operação está em andamento e durante as investigações, além das prisões, outras sete pessoas foram presas em flagrante por tráfico e porte de arma de fogo de uso proibido. Somente na Capital, conforme a PM, são três presos.

O nome da operação "Paiol" refere-se justamente à nomenclatura utilizada pela organização para referir-se ao local/setor onde são armazenados os armamentos do grupo.

Mulher presa na manhã de hoje seria esposa do Tio Atantes, líder do PCC no Estado.
Mulher presa na manhã de hoje seria esposa do Tio Atantes, líder do PCC no Estado.

Presos - Entre as 3 pessoas presas na Capital, está Tânia Cristina Lima de Moura, que segundo o Choque é a esposa de José Cláudio Arantes, de 63 anos, homem conhecido como Tio Arantes, líder do PCC em Mato Grosso do Sul, que ajudou a implantar a célula da organização criminosa dentro do presídio de Segurança Máxima. 

Após condenações por roubo, tráfico de drogas e homicídios, em fevereiro de 2017 ele ganhou a liberdade, mas voltou a ser preso por tráfico. Ficou 12 dias na cadeia, novamente foi liberado e preso 8 meses depois, por envolvimentos de explosão dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil, dentro do Parque de Exposições Laucídio Coelho.

Na ocasião, o Garras divulgou que a logística dos bandidos incluiu troca de carros, “armadilhas” com pregos nas ruas do entorno do parque e técnica de explosão menos danosa às cédulas de dinheiro.

Tio Arantes ficou conhecido como homem forte do PCC durante rebelião do Dia das Mães, em 2006, na Máxima, a maior já ocorrida no Estado. Também foi condenado pela pela morte do advogado William Maksoud Filho.

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