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Cidades

Agente penitenciário e mulher de líder do PCC estão entre presos

Além de Tania Cristina Lima de Moura, de 46 anos, o agente penitenciário Adilson Brum Weis, de 55 anos, também foi preso

Anahi Zurutuza e Bruna Kaspary | 12/06/2018 09:21
De frente, Tania Cristina Lima de Moura, presa na manhã desta terça-feira (Foto: Bruna Kaspary)
De frente, Tania Cristina Lima de Moura, presa na manhã desta terça-feira (Foto: Bruna Kaspary)

Equipe do Batalhão de Choque prendeu na manhã desta terça-feira (12) uma mulher, que seria atual companheira de um dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul, o “Tio Arantes”. Tania Cristina Lima de Moura, de 46 anos, estava uma casa no Jardim Bonança, em Campo Grande.

A Operação Paiol, deflagrada nesta manhã pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com apoio do Batalhão de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), cumpre ao todo 39 mandados em Mato Grosso do Sul - 27 de prisão e 12 mandados de busca e apreensão.

O objetivo é desarticular um dos braços do PCC no Estado, responsável por armar a facção criminosa.

A força-tarefa ocorre um dia depois do policial militar Ilson Martins de Figueiredo, de 62 anos, ser fuzilado na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. Mas, de acordo com o tenente-coronel Marcus Vinicius Pollet, comandante do Choque, a força-tarefa é resultado de investigação que começou em 2017 e nada tem a ver com a execução do PM.

Presos – Pelo menos três pessoas já foram presas em Campo Grande e foram levadas para Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga. Outra pessoa ainda não identificada foi presa em Nova Andradina.

Aqui na Capital, além da Tânia, o agente penitenciário Adilson Brum Weis, de 55 anos, servidor da Casa do Albergado, também foi preso. O Choque ainda não divulgou a identificação do terceiro preso.

Na Capital, 4 equipes do batalhão - 16 homens - foram às ruas também do Jardim Noroeste, Novos Estados, Conjunto Uniao e Jardim Colibri. 

Além de Campo Grande, são cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em Corumbá, Nova Andradina, onde ao menos 1 pessoa foi presa, e Águas Lindas de Goiás.

Tio Arantes, quando foi preso por tráfico de drogas em abril de 2016, no bairro Zé Pereira (Foto: PM/Divulgação)
Tio Arantes, quando foi preso por tráfico de drogas em abril de 2016, no bairro Zé Pereira (Foto: PM/Divulgação)
Uma cabeça exibida na muralha: assim começou negociação com presos em rebelião liderada por Tio Arantes, em maio de 2006. (Foto: Minamar Júnior/Arquivo)
Uma cabeça exibida na muralha: assim começou negociação com presos em rebelião liderada por Tio Arantes, em maio de 2006. (Foto: Minamar Júnior/Arquivo)

Tio Arantes - José Claudio Arantes, de 63 anos, o Tio Arantes, é considerado é, segundo a polícia, um dos líderes mais antigos e poderosos da facção, que comanda o tráfico de drogas e outros crimes de dentro dos presídios brasileiros, em Mato Grosso do Sul.

Ele foi preso em novembro do ano passado por chefiar grupo que explodiu caixas eletrônicos em Campo Grande em outubro de 2017.

O criminoso estava em liberdade por força de um habeas corpus desde janeiro de 2017.

Tio Arantes foi um dos líderes da maior rebelião da história do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de segurança máxima de Campo Grande, ocorrido em maio de 2006.

O "currículo" de Tio Arantes inclui, ainda, uma suposta ligação com o traficante Luiz Fernando Correa da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

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