Dono da Salute diz que empresa fica na saída para SP e nega irregularidades
Um dos sócios proprietários da Salute Distribuidora de Alimentos Ltda, Érico Chezini Barreto negou que haja irregularidades por parte da empresa e esclareceu alguns pontos colocados em xeque nos últimos dias por parte dos vereadores. Segundo o jovem de 25 anos o endereço constado na Receita Federal, bem como na Junta Comercial é referente ao escritório da Salute e, por isso, não há pessoas no local constantemente.
A polêmica surgiu após a companhia vencer 43 itens de um processo emergencial da prefeitura de Campo Grande para compra de alimentos destinados à SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), segundo publicação do Diário Oficial de 27 de junho de 2013. Juntos os itens somam mais de R$ 1,5 milhão, sendo que o capital social da Salute, criada no dia 1° de abril deste ano, é de R$ 50 mil.
Ao Campo Grande News, Érico defendeu que o capital social não acarreta restrições e que os alimentos serão estocados e refrigerados em um “galpão” localizado na saída para São Paulo onde é feita roda a logística da empresa. “Está tudo dentro da regularidade exigida. A gente esta trabalhando, correndo atrás das coisas”, explicou, apesar de não repassar o tal endereço.
O empresário alegou que seu sócio, Aldoir Luiz Czizeski, está na região Sul do Brasil em busca de produtos com menor preço e afirmou que está de portas abertas para receber quem quer que seja na Salute. Mas questionado se receberia uma equipe do Campo Grande News ainda hoje, ele respondeu que está muito atarefado com a ausência do sócio. “Peço que vocês entrem em contato na próxima semana”.
Na residência de Czizeski a recepção não foi tão boa. Pelo interfone, a funcionária da casa primeiramente disse que não havia ninguém chamado Aldoir ”por lá”. Ao ser informada que existe documento indicando aquele endereço como o do segundo sócio da Salute, ela voltou atrás.
“Se no documento está dizendo isso, o que você acha?” respondeu irritada. Segundo ela, não havia ninguém na casa para falar com a imprensa porque todos estão em viagem. “E não estou autorizada a passar nenhuma informação a mais”, explicou.
Omissão – Ontem a reportagem entrou em contato com a prefeitura para obter mais detalhes sobre o caso, mas não obteve resposta até o momento. O procurador geral do município, Luiz Carlos Santini, alega que não está a par da contratação da empresa.
Vazio – Na galeria onde o escritório da Salute fica, localizado na Rua das Garças n° 372 sala 3, o portão permanece trancado sem sinal de movimentação. Segundo apurou o Campo Grande News, a última conta de energia elétrica do lugar custou R$ 33 e a de água R$ 72, valores baixos, mesmo para um escritório.
