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Capital

Em dia de votação, trabalhadores adaptam rotina para exercício da cidadania

MPT alerta que ausência de horário para votar pode configurar assédio eleitoral

Por Gabriel Neris e Fernanda Palheta | 06/10/2024 12:31
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Nataly é caixa de supermercado e vai votar após o trabalho (Foto: Henrique Kawaminami)
Nataly é caixa de supermercado e vai votar após o trabalho (Foto: Henrique Kawaminami)

Quem está trabalhando no domingo de eleição em Campo Grande precisou adaptar a rotina para não faltar com o exercício da cidadania. A eleição começou às 7h e vai até às 16h.

A caixa de supermercado Nataly Aparecida, de 22 anos, conta que entrou no expediente logo no primeiro horário da manhã e pretende sair às 13h. A programação, assim que deixar o trabalho, no Jardim Colibri, é ir para casa, almoçar e assim ir votar, mas no Jardim Aeroporto, outra região da cidade.

“Eu morava lá perto, me mudei, mas o trabalho não vai mudar em nada”, contou a funcionária.

No mesmo supermercado, a gerente Daniela Borges, de 47 anos, conta que vai sair no mesmo horário. O local de trabalho, a residência onde mora e o local de votação estão todos no mesmo bairro. “Não vai atrapalhar em nada”, comenta.

O frentista Leandro Alves Cadeira Neto, de 52 anos, conta que votou logo no primeiro horário do dia na Vila Carlota e em seguida saiu para o trabalho, na Rua Joaquim Murtinho. “Saio às 15h, mas vai ficar corrido deixar para depois”.

Roseli durante o trabalho nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)
Roseli durante o trabalho nesta manhã (Foto: Henrique Kawaminami)

Já a também frentista Roseli dos Santos Matos, de 54 anos, conta que ainda não conseguiu votar porque entrou às 6h e sairá às 14h. “Vai dar tempo, estou me programando para sair depois do trabalho e votar no Aero Rancho, perto de casa”.

O procurador do MPT (Ministério Público do Trabalho) Celso Henrique Rodrigues Fortes explica que o assédio eleitoral se configura em duas situações. Uma delas é não deixar o funcionário que está trabalhando no dia de eleição com horário livre para votar. A outra é o patrão orientar a votar ou tirar a liberdade do trabalhador de decidir em qual candidato votar.

Em Mato Grosso do Sul, são 2.032.593 eleitores aptos a votar para escolha do prefeito e dos vereadores. A única cidade possível de segundo turno é Campo Grande, com mais de 200 mil eleitores, sendo realizado no dia 27 de outubro.

Celso Rodrigues, procurador do MPT, explica o que pode configurar assédio eleitoral (Foto: Henrique Kawaminami)
Celso Rodrigues, procurador do MPT, explica o que pode configurar assédio eleitoral (Foto: Henrique Kawaminami)

E a partir das 16 horas você acompanha em tempo real a apuração das eleições 2024 neste link no Campo Grande News. Os números direto do TRE serão disponibilizados assim que as urnas forem abertas.

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