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Capital

Em última cartada, prefeitura e Santa Casa querem reunião com governador

Aline dos Santos | 15/04/2015 12:06
Segundo Teslenco, cortes devem ser em clínica médica a atendimento materno infantil. (Foto: Marcelo Calazans)
Segundo Teslenco, cortes devem ser em clínica médica a atendimento materno infantil. (Foto: Marcelo Calazans)

A negociação entre a prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa terá uma última cartada: conversar diretamente com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A decisão foi tomada nesta quarta-feira, após mais uma rodada de negociação em que a administração municipal sustentou que só pode repassar ao hospital metade do que pagou nos últimos meses. Já o Estado só aumenta o recurso para ampliar atendimento.

“Isso coloca o hospital em uma situação delicada. Na reunião, tomou-se a decisão de uma audiência junto ao governador, com a participação do prefeito, para que com os principais mandatários do município e do Estado nós possamos tomar uma decisão final e esse contrato possa ser resolvido. Ainda temos a esperança de serem evitadas as reduções de serviços”, afirma o diretor-presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco. A entidade administra a Santa Casa, que atende SUS (Sistema Único de Saúde), convênios e particular.

Caso o desfecho seja redução do atendimento, ele prevê que os serviços “descontinuados” sejam nas áreas de clínica médica e linha materno infantil. A expectativa é que a nova reunião aconteça nesta semana.

A promotora Filomena Fluminhan abriu inquérito civil para acompanhar as negociações. “Estamos acompanhando a situação para evitar qualquer tipo de interrupção”, afirma. O MPE (Ministério Público Estadual) é contra a redução no atendimento.

Representante da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Antônio Lastória, afirmou que a prefeitura manteve a proposta de R$ 1,5 milhão. Segundo ele, o prefeito Gilmar Olarte (PP) vem tentando conversar com o governador sobre a situação do hospital. “Já tentou algumas vezes, mas não teve retorno”, diz.

A direção da Santa Casa informa que precisa de repasse mensal de R$ 4 milhões, sendo R$ 1 milhão para destinar à alta complexidade. A prefeitura, que nos últimos quatro meses havia repassado R$ 3 milhões, vai destinar somente metade: R$ 1,5 milhão.

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