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Capital

Empresa prevê para amanhã início do trabalho de catadores

Paula Vitorino | 20/12/2012 12:16
Élcio participou ontem de manhã de reunião com catadores do lixão. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Élcio participou ontem de manhã de reunião com catadores do lixão. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Mesmo sem a UTR (Unidade de Tratamento de Resíduos) totalmente pronta, cerca de 95 trabalhadores que catavam resíduos no lixão de Campo Grande devem começar a trabalhar na Usina a partir de amanhã (21). A garantia foi feita nesta manhã pelo superintendente da Solurb, Élcio Terra, durante inauguração do Centro de Monitoramento da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados.

Segundo ele, o início imediato dos trabalhos será possível porque não será mais criada uma nova cooperativa, a Nova Horizonte, mas os catadores serão incluídos na cooperativa já existente, a Coopermaras, que contam com cerca de 160 associados. Isso por que a nova cooperativa dependia de um estatuto e precisava ser organizada, passando por todo processo trabalhista, que dura aproximadamente 40 dias.

“Nós tentamos fazer a formação de uma cooperativa, mas a turma de catadores que não queria o fechamento do lixão dificultava, então, uma solução encontrada foi incluir os trabalhadores que querem atuar na cooperativa na que já existe”, explica.

O cadastro e identificação dos catadores que querem integrar a cooperativa foi feito ontem, cadastrando 95 pessoas. Élcio diz que a Usina tem capacidade para 180 trabalhadores no total, mesmo o local não estando pronto. Faltam diversos equipamentos, móveis e obras na parte de estrutura.

Não existe prazo para a entrega da Usina concluída, mas o superintendente garante que os trabalhadores podem trabalhar, mesmo que de forma improvisada, no local até a finalização das obras. O rendimento mensal pode ser de cerca de R$ 1.800 para cada trabalhador, tendo como base o salário que os 160 cooperados da Coopermaras já recebem.

Élcio diz que essa é a opção oferecida para os trabalhadores que atuavam no lixão, já que o Ministério Público do Trabalho definiu que os serviços no lixão não poderiam continuar sendo feito de forma desumana. No início da operação da empresa, em novembro, também foram ofertadas vagas para atuar como coletor e varredor.

O superintendente atribui o impasse ocorrido nesta semana com o fechamento definitivo do lixão a “forças ocultas de pessoas que tem o interesse do local continuar aberto para trabalhar lá da maneira como quiserem”.

Na terça-feira (18), catadores contrários ao fechamento do lixão entraram em confronto com a Polícia. Pelo menos nove pessoas ficaram feridas.

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