Engenheiro tira culpa de obra e diz que rua alaga por problemas na drenagem
Moradores dizem que Rua Nelson Figueiredo alaga devido à obra particular; Sisep irá apurar responsáveis
O alagamento recorrente na Rua Nelson Figueiredo Júnior, na Vila Antônio Vendas, em Campo Grande, tem preocupado os moradores da região, que colocam a culpa em uma obra particular. O fato ocorreu novamente na madrugada desta quarta-feira (26), alagando e fazendo ceder parte da via.
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Moradores do Bairro Antônio Vendas, em Campo Grande, enfrentam alagamentos recorrentes na Rua Nelson Figueiredo Júnior, atribuídos a uma obra particular. O engenheiro Mateus Veronezi, responsável pela obra, afirma que o problema é causado por uma bacia de drenagem obstruída devido à erosão e queda de árvores, não pela construção em si. Ele destaca que a manutenção da área é responsabilidade da Prefeitura e que já foi solicitado à Sisep a revitalização do local. A empresa busca autorização para realizar a obra necessária para solucionar o problema.
O engenheiro responsável pela obra, Mateus Veronezi, rebate a acusação feita por mora dores. Ele explica que dentro do terreno, onde será construído um clube esportivo, passa uma bacia de drenagem, que não está conseguindo drenar a água adequadamente, e que ocorreu uma erosão.
“Em 2008, a prefeitura fez uma obra para canalizar o córrego dentro da área de preservação. A água deveria ficar represada e ir escoando aos poucos pela tubulação, mas, por conta da erosão das árvores que caíram, além da terra e das pedras, o tubo ficou muito obstruído. Isso aqui deveria ser uma bacia de retenção de água, mas a barreira de contenção cedeu. Então, aqui foi criado um canal que faz a água descer com toda a força para a rua”, afirma.
Ainda de acordo com ele, já foi enviado um ofício à Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) solicitando a revitalização, e agora estão tentando autorização para que a própria empresa execute essa obra.
“Nós retiramos os galhos mais grossos para tentar desobstruir, mas como é uma área de preservação permanente, não podemos mexer muito. A manutenção é de responsabilidade da Sisep. A cada chuva que vem, mais árvores caem, o que parece um córrego, e os vizinhos acham que é um córrego, é apenas erosão”, disse.
O secretário municipal de obras, Marcelo Miglioli, informou que já está ciente da situação e que irá apurar as responsabilidades. “Já estou a par do problema. Temos conhecimento que isso ocorreu após o início de uma obra particular, vamos lá para apurar as responsabilidades, não vamos fazer o juízo de valores antecipados. Vou fazer um pronunciamento depois que formos na obra e olhar o que tem que ser feito e quais as responsabilidades de cada um”, pontuou.
Miglioli informou que está organizando uma visita ao local junto com as equipes da Sisep e da Semades (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável).
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