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Capital

Envie foto daquele terreno baldio coberto pelo mato que tira a paz da vizinhança

No mapa interativo, conte há quanto tempo você tenta resolver o problema, sem nenhum avanço

Liniker Ribeiro | 23/04/2021 06:45

Fotografe o terreno, entre no mapa interativo, insira a imagem e um relato:

Escorpiões, aranhas, ratos, pernilongos... morar próximo a terrenos baldios torna a convivência com esses tipos de bicho comum. E a reclamação vai ainda mais longe quando o assunto é segurança. O mato alto, em muitas situações, se torna abrigo para criminosos.

É assim na Rua Teixeira da Silva, no Jardim Itatiaia. Há apenas um mês na região, a costureira Acácia da Costa, de 69 anos, conta já ter visto gente “desconhecida” circulando o terreno. Além disso, dias atrás, a casa dela quase foi invadida.

Mato tomou conta da calçada e de parte da Rua Teixeira da Silva, no Jardim Itatiaia (Foto: Kísie Ainoã)
Mato tomou conta da calçada e de parte da Rua Teixeira da Silva, no Jardim Itatiaia (Foto: Kísie Ainoã)

“Já teve vez de gente querer entrar em casa, estavam escondidos no terreno”, revela. Ainda segundo a moradora, pela situação em que se encontra o terreno, pessoas aproveitam para sujar ainda mais.

“O pessoal não respeita e vem jogar tudo quanto é tipo de sujeira. Meu filho que teve que limpar um pedaço onde o mato estava chegando em casa”, afirma. A calçada e parte da rua estão tomadas pela vegetação.

Em outra região da cidade, no Bairro Taquaral Bosque, quem não aguenta mais a situação do terreno baldio vizinho a sua casa é a aposentada Luiza Oliveira Jorge, de 73 anos, moradora da Rua Manduba. Acostumada a receber os netos, a preocupação da avó também tem a ver com os bichos que surgem devido à sujeira no local.

Terreno no Bairro Taquaral Bosque é problema para moradores da Rua Manduba (Foto: Kísie Ainoã)
Terreno no Bairro Taquaral Bosque é problema para moradores da Rua Manduba (Foto: Kísie Ainoã)

“É terrível! Aqui tem muito mosquito, a gente tem que ter cuidado com as crianças que brincam aqui. Moro aqui há 10 anos e eu nem sei de quem é [o terreno], está sempre do mesmo jeito”, afirma. “Dentro do quintal a gente cuida, mas vai fazer o que com o terreno?”.

Percorrendo outras ruas da cidade, não é difícil encontrar situações semelhantes. Na Rua Rio de Janeiro, quase esquina com a Avenida Monte Castelo, no Bairro Monte Castelo, até o ponto de ônibus está parcialmente coberto pelo mato.

Ponto de ônibus no meio do mato na Rua Rio de Janeiro, quase esquina com Avenida Monte Castelo (Foto: Kísie Ainoã)
Ponto de ônibus no meio do mato na Rua Rio de Janeiro, quase esquina com Avenida Monte Castelo (Foto: Kísie Ainoã)

Próximo dali, na Rua São José, o terreno até foi “protegido” por grades, mas o mato alto ultrapassa o muro e toma conta da calçada. Situação que vizinhos já cansaram denunciar e até já resultou em multa, por pelo menos três vezes, segundo conta morador, que pede para não ser identificado. Mesmo assim, a sujeira toma conta do local.

“E escorpião, barata, rato, tudo aparece aqui em casa. Um terreno muito próximo ao Centro para estar assim”, destaca o morador. Ainda segundo ele, pelo portão, usuários de drogas entrar no terreno e, por “trieiro”, vão até o fundo, onde entorpecentes são consumidos.

Terreno na Rua São José, tomado pelo mato (Foto: Kísie Ainoã)
Terreno na Rua São José, tomado pelo mato (Foto: Kísie Ainoã)


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