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Capital

Equipes chegam à superintendência da PF com malotes e computador

Luana Rodrigues e Julia Kaifanny | 26/09/2016 09:23
Movimentação de policiais na manhã desta segunda, em Campo Grande; não quiseram falar com a imprensa. (Foto: Fernando Antunes)
Movimentação de policiais na manhã desta segunda, em Campo Grande; não quiseram falar com a imprensa. (Foto: Fernando Antunes)

A polícia ainda não revelou a identidade do campograndense que deveria ser conduzido até a sede da PF, durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, desencadeada na manhã desta segunda-feira (26).

Duas viaturas, com seis policiais carregando um malote com documentos e um notebook, chegaram à Superintendência da PF (Polícia Federal) em Campo Grande, por volta das 9h30 da manhã, mas ninguém no prédio quis falar com a imprensa.

Uma entrevista coletiva está sendo concedida por representantes da Polícia Federal, Receita Federal e o Ministério Público Federal, na PF de Curitiba, mas até o momento não foi prestada nenhuma informação sobre as atividades da operação realizadas em Mato Grosso do Sul.

Prisão Palocci - Nesta fase da operação Lava Jato são investigados indícios de uma relação criminosa entre um ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda, Antonio Palocci, com o comando da principal empreiteira do país. Palocci foi intermediário do grupo político do qual faz parte perante o Grupo Odebrecht.

Segundo a PF, há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o Poder Público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos.

Voto de silêncio – Segundo a PF, o nome “Omertá” dado à investigação policial, é uma referência a origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da fase ("italiano"), bem como ao voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por integrantes do “setor de operações estruturadas” permitiu o aprofundamento das investigações.

Além disso, remete a postura atual do comando da empresa que se mostra relutante em assumir e descrever os crimes praticados.

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