Família não acredita que segurança foi morto por disparo acidental

A família do segurança Celso de Jesus Gomes, 40 anos, não acredita que a morte dele tenha sido acidente. Com 17 anos de profissão, ele foi morto ao ser atingido por um tiro supostamente acidental na testa, na tarde de terça-feira (29), dentro de uma agência bancária na avenida Coronel Antonino, em Campo Grande.
“Não vejo como acidente. Mas, toda esta história vai ser esclarecida pela polícia”, diz a esposa dele, Eliane Simões, de 38 anos. Ela não afirma, mas a irmã da vítima, Aparecida das Graças de Jesus, 45 anos, diz ter ouvido de Celso dias antes que ele “estava com problemas com um colega de trabalho”.
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No momento do suposto acidente com a arma, era Arivaldo Gadea Marcelino quem estava com Celso. Ele está detido e, conforme informações policiais dadas à família, seria submetido a audiência de custódia ainda na manhã de hoje, ocasião em que pode ser definido se ele será mantido preso ou será liberado.
Quem também não acredita em tiro acidental é Agnaldo Simões, 49 anos, cunhado de Celso. “Desconfiamos que foi homicídio com a intenção, o tiro foi frontal na testa”, detalha.
O corpo de Celso deve ser enterrado às 16h30 de hoje, no Jardim da Paz. O segurança trabalhava na agência bancária há dois meses e, segundo consta, Arivaldo cobria o horário de almoço do colega, tendo o suposto acidente ocorrido na volta da vítima ao posto de trabalho.
Festa da filha – Celso e Eliane têm três filhas, de 9, 14 e 17 anos. A do meio, inclusive, tinha festa de 15 anos marcada para maio, toda organizada pelo pai.
“Era ele quem sustentava a família”, lembra a mãe. Antes de trabalhar no banco, Celso cumpria seus turnos como segurança de empresa privada no Sebrae, em Campo Grande.