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Capital

Família procura respostas sobre atropelamento que matou idosa no Jardim Noroeste

Daguimar Cesário, de 77, foi levada a Santa Casa da Capital na madrugada de domingo (12), mas não resistiu

Por Clara Farias e Geniffer Valeriano | 13/10/2025 15:25
Família procura respostas sobre atropelamento que matou idosa no Jardim Noroeste
Filha de Daguimar, Miriam Cesário, durante entrevista ao Campo Grande News (Foto: Paulo Francis)

Ainda sem saber como o acidente que vitimou a aposentada Daguimar Gonçalves Cesário, de 77 anos, aconteceu, familiares cobram respostas. O atropelamento aconteceu ao final da noite do último sábado (11), no Jardim Noroeste, em Campo Grande, e o motorista do veículo fugiu sem prestar socorro.

RESUMO

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A família de Daguimar Gonçalves Cesário, de 77 anos, morta após ser atropelada no Jardim Noroeste, em Campo Grande, busca respostas sobre o ocorrido. O acidente aconteceu no último sábado (11), e o motorista fugiu sem prestar socorro. A idosa foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. A filha, Miriam Cesário, relatou que a mãe havia sido diagnosticada com câncer e que a notícia do atropelamento foi um choque. A Polícia Civil ainda investiga o caso, registrado como homicídio culposo com agravante de fuga. Miriam questiona a falta de informações e testemunhas, destacando que o local do acidente não apresentava vestígios. O corpo de Daguimar foi velado em uma cerimônia simples, acompanhada por poucos familiares e amigos.

A idosa chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e deu entrada na Santa Casa, por volta de meia-noite. Horas depois, Daguimar não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Em entrevista ao Campo Grande News, a filha, Miriam Cesário, de 50 anos, contou que a mãe havia sido diagnosticada há cerca de um ano com câncer de intestino. Por isso, ao receber a ligação da Santa Casa no domingo (12), imaginou que o estado de saúde dela tivesse piorado.

“Quando a assistente social me ligou dizendo que o médico queria conversar comigo, achei que fosse por causa do câncer. Já estava preparada para o pior cenário, mas por causa da doença dela. Nunca imaginei que me diriam que minha mãe foi atropelada”, relatou.

Segundo Miriam, ao chegar no hospital, foi informada que Daguimar havia sido atropelada por um carro e uma motocicleta, mas essa versão ainda não foi confirmada pela Polícia Civil. “O médico disse que ela tinha sido atropelada duas vezes. Fiquei em choque, porque ninguém sabe ao certo o que aconteceu”, contou.

Família procura respostas sobre atropelamento que matou idosa no Jardim Noroeste
Filha sendo consolada por familiares (Foto: Paulo Francis)

A filha explica que a mãe morava no Bairro Nova Lima, com um sobrinho, e havia se mudado para Campo Grande há menos de um ano. Antes disso, viveu em Santa Catarina, onde cuidou do irmão doente. Miriam também conta que tinha uma relação de "irmã" com a mãe, visto que foi criada pela avó.

Miriam diz que o contato com a mãe era constante, já que Daguimar sempre pedia ajuda financeira. “A última vez que falei com ela foi na sexta-feira (10), quando me pediu R$ 15. Eu moro em uma chácara e já tinha oferecido para ela morar comigo, mas ela não quis”, contou.

Após ser informada do atropelamento, Miriam foi até a Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), mas o delegado responsável afirmou que não havia registro de acidente com o nome da mãe. “O delegado me disse que não constava nada, então demorou mais ainda para liberar o corpo. No hospital, a única informação era que o Samu tinha levado ela”, afirmou.

Ela também relatou que o delegado chegou a entrar em contato com a Polícia Militar, que confirmou ter sido acionada, mas quando a equipe chegou ao local não encontrou mais vestígios do acidente. “A gente precisa saber quem levou ela até lá ou se ela saiu sozinha. Ela chegou viva ao hospital, mas isso foi um crime, como que ninguém viu nada? Isso não é normal", lamentou indignada.

O corpo de Daguimar foi velado na capela do cemitério, em uma cerimônia simples, acompanhada por poucos familiares e amigos. O caso foi registrado na Depac Cepol como homicídio culposo na direção de veículo automotor, com agravante de fuga do local sem prestar socorro.

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