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Capital

Funcionário de empresa foi alvo da Operação Marcapasso na Capital

Em MS, Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão e condução coercitiva

Geisy Garnes | 07/11/2017 16:10
Suspeito foi levado a sede da Polícia Federal de Campo Grande e liberado após prestar depoimento (Foto: André Bittar)
Suspeito foi levado a sede da Polícia Federal de Campo Grande e liberado após prestar depoimento (Foto: André Bittar)

Um operador da empresa Biotronik foi alvo da Operação Marcapasso em Campo Grande. A ação deflagrada na manhã desta terça-feira (7) pela Polícia Federal do Tocantins, cumpriu mandado de condução coercitiva e também de busca e apreensão contra o suspeito, que foi levado à Superintendência da PF na Capital para prestar depoimento e depois liberado.

A força-tarefa buscou provas de esquema relacionado à compra de equipamentos hospitalares, mais especificamente os chamados OPMEs (órtese, próteses e materiais especiais), por preço acima do valor de mercado.

Os equipamentos eram adquiridos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por planos de saúde ligados ao Estado do Tocantins. Parte do valor superfaturado era repassado a médicos e a representantes de empresas responsáveis pela produção dos OPMEs.

Segundo a Polícia Federal, pelo SUS, a valor era 30% maior que o de mercado, enquanto os planos de saúde pagavam 60% a mais pelos mesmos produtos.

No Brasil, 330 policiais federais cumpriram 137 mandados. São 12 de prisão temporária, todas no Tocantins, 41 mandados de condução coercitiva e 84 de busca e apreensão para cumprimento no Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, Goiás, Paraná, Bahia, Ceará, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O nome do suspeito ouvido em Campo Grande não foi divulgado pela polícia. A reportagem encontrou em contato com a empresa Biotronik, mas ainda não obteve resposta.

Delegados da Polícia Federal do Tocantins durante coletiva de imprensa (Foto: Divulgação PF-TO)
Delegados da Polícia Federal do Tocantins durante coletiva de imprensa (Foto: Divulgação PF-TO)

Investigação – Ainda segundo a PF, a investigação teve início quando os sócios da empresa Cardiomed Comércio e Representação e Produtos Médicos Hospitalares Ltda-EPP foram presos em flagrante por fornecerem à Secretaria de Saúde do Tocantins produtos com os prazos de validade de esterilização vencidos.

Na época, a empresa fez um acordo de delação premiada e entregou todo o esquema de corrupção destinado a fraudar licitações no Estado do Norte. As pessoas investigadas poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, associação criminosa, dentre outros.

O nome da operação é uma alusão a um dos itens mais conhecidos da área de cardiologia e também um dos produtos fornecidos por meio das concorrência pública fraudulentas.

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