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Capital

Funcionários que tentaram furtar carne de frigorífico pagam fiança e são soltos

Cada um dos presos teve que pagar R$ 2 mil após tentarem sair do local com quase 120 kg de carne

Ana Paula Chuva | 20/02/2023 13:19
Fachada da Unidade do JBS em Campo Grande de onde funcionários tentavam sair com as carnes. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Fachada da Unidade do JBS em Campo Grande de onde funcionários tentavam sair com as carnes. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Os dois funcionários do frigorífico JBS na BR-060, saída para Sidrolândia, que foram pegos tentando furtar quase 120 kg de carne do local, passaram por audiência de custódia no domingo (19) e tiveram a liberdade concedida após pagamento de fiança no valor de R$ 2 mil para cada.

Segundo o boletim de ocorrência, a tentativa de furto foi cometida por um segurança e um funcionário que trabalha no controle de qualidade da empresa. Outro responsável pela proteção do local foi quem parou a dupla quando tentava sair do frigorífico com as caixas de carne dentro do porta-malas de um veículo.

Ao serem questionados sobre a nota fiscal, os dois homens teriam apresentado um documento que não foi emitido pelo setor financeiro da empresa e com isso, o segurança acionou a Polícia Militar e a dupla foi levada para a Depac (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Em depoimento, o funcionário do controle de qualidade contou que trabalha no frigorífico há 7 anos e que a venda de carnes para os trabalhadores é comum e apontou um colega como o responsável pela emissão da nota fiscal, alegando que um boleto é impresso junto para que o pagamento seja feito depois.

No dia em que foi parado, ele afirma que foi até o setor de doca para fazer a retirada da carne que havia comprado e ao sair foi parado pelo segurança que pediu para conferir a nota fiscal, no entanto, ao fazer a conferência viu que o documento estava errado, mas não soube dizer qual o problema.

O segurança acusado de tentativa de furto relatou trabalhar no frigorífico há 5 anos e confirmou a prática de comércio de carnes para os funcionários. Ele contou que naquele dia assumiu o serviço por volta das 18h, quando recebeu quatro notas fiscais dessas vendas, e também já havia sido avisado que o colega buscaria a mercadoria direto na doca.

Ele afirma que disse não ser o procedimento correto, mas que não teria problema, porque o normal é que os funcionários façam a retirada na portaria junto com a nota fiscal. Porém, quando o colega foi buscar as carnes, o outro segurança fez a conferência no documento e estava tudo certo, até que ele foi pesquisar em outro departamento e viu no sistema que havia divergência.

O segurança nega que tenha qualquer envolvimento em condutas ilícitas e que o faturamento teria explicado que a alteração da nota fiscal foi feita na descrição dos produtos e que o valor original não estava de acordo com a nota impressa.

A dupla passou por audiência de custódia e teve a liberdade provisória concedida mediante pagamento de fiança de R$ 2 mil cada, com prazo de pagamento para cinco dias. O alvará de soltura foi expedido conforme determinação do juiz Jorge Tadashi Kuramoto.

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