Gaeco volta às ruas contra "esquema predatório" de fraude e ex-vereador é alvo
Estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão na 4ª fase da Operação Tromper
RESUMO
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Equipes do Gaeco realizam mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Sidrolândia, na nova fase da Operação Tromper, que investiga fraudes em licitações e desvios públicos. O ex-vereador Claudinho Serra, apontado como líder do esquema, e Thiago Rodrigues Alves, intermediário de propinas, são alvos da operação. As investigações revelam que o esquema cobrava propinas de 10% para contratações e 30% para manutenção de contratos com a prefeitura de Sidrolândia. A operação, que já teve fases anteriores, resultou na denúncia de 22 pessoas em 2024, incluindo Claudinho Serra e outros empresários envolvidos.
Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) cumprem 3 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão em Campo Grande e Sidrolândia, na 4ª fase da Operação Tromper, que apura esquema de fraude em licitações e desvios de recursos públicos.
Em Campo Grande, um dos alvos é imóvel em condomínio residencial na Rua da Paz, onde mora Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o Claudinho Serra, ex-vereador de Campo Grande e denunciado como sendo líder do esquema criminoso de fraudes em licitações na prefeitura de Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande.
Em Sidrolândia, um dos endereços onde está a equipe do Gaeco é uma casa no Bairro São Bento, além de oficina mecânica e na casa de ex-funcionária da prefeitura.
Segundo informações do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), essa nova fase decorre do desdobramento das investigações, onde foram reunidos diversos elementos que comprovam o pagamento de vultosas quantias de propina a agentes públicos, além dos crimes atuais de ocultação e dissimulação da origem ilícita de valores provenientes dos crimes antecedentes.
O esquema envolvia contratos milionários com empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica, sendo apurado que a atuação da organização criminosa permaneceu ativa mesmo após a deflagração das operações anteriores e a aplicação de medidas cautelares.
Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 20 milhões.
As investigações indicam que o esquema envolvia a cobrança de propinas de 10% para contratação e 30% para manutenção de contratos com empresas fornecedoras da prefeitura de Sidrolândia. Claudinho Serra era o secretário de Fazenda e genro da ex-prefeita Vanda Camilo, sendo responsável pelo “esquema predatório”, conforme caracterizado pelo MPMS.
O outro alvo confirmado pela reportagem é Thiago Rodrigues Alves, também já investigado na primeira fase. Conforme anteriormente relatado, ele atuava como intermediário entre empresas e fornecedores, facilitando o pagamento de propinas.
A reportagem entrou em contato com advogado Fábio Melo, que disse somente que foi acionado por familiares de Alves, mas que ainda não tem detalhes da operação.
A operação contou com o apoio operacional do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, além da assessoria militar do MPMS.
A primeira fase da Operação Tromper foi deflagrada no dia 18 de maio de 2023, tendo outras duas fases, em julho daquele ano e abril de 2024.
A investigação apontou que a quadrilha criava empresas ou utilizava de pessoas jurídicas já existentes para participação conjunta nos mesmos processos licitatórios "(...) sem, contudo, apresentarem qualquer tipo de experiência, estrutura e capacidade técnica para a execução dos serviços ou fornecimento dos bens contratados com o ente municipal".
Em 2024, o MPMS denunciou 22 pessoas por envolvimento no esquema fraudulento em licitações. Na lista estão Claudinho Serra, o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”.
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#matéria atualizada às 8h36 para acréscimo de informações divulgadas pelo MPMS.