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Capital

Garras deixa de investigar assassinato do delegado Paulo Magalhães

Graziela Rezende | 22/01/2014 11:17
Crime que checou moradores de MS segue sem apontar "mandantes". Foto: Marcos Ermínio
Crime que checou moradores de MS segue sem apontar "mandantes". Foto: Marcos Ermínio

Na fase em que o inquérito policial corre em segredo de Justiça, para se chegar aos “mandantes” do assassinato do delegado aposentado Paulo Magalhães, algo que ocorreu no dia 25 de junho de 2013, em Campo Grande, o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) deixa de investigar o crime.

“Nós atuávamos sempre em apoio e poderemos fazer buscas assim que solicitados, no entanto, neste momento, as investigações estão somente a cargo da DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios)”, afirma o delegado Alberto Vieira Rossi, responsável pelas investigações.

Por parte do Garras, inúmeras buscas culminaram na prisão de dois homens, sendo o segurança Antônio Benitez Cristaldo, 37 anos, e o guarda municipal José Moreira Freires, 40 anos. Este último, apontado como o pistoleiro no dia do crime, obteve o Habeas Corpus recentemente e responde o processo em liberdade.

A dupla ainda teria contado com a ajuda de um terceiro elemento, identificado como Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos, que foi morto e teve parte do corpo dilacerado, sendo que José e Antônio teriam o matado para não serem denunciados à Polícia.

Além deles, policiais e até pessoas com envolvimento no jogo do bicho foram investigados. E é com esta vertente policial que o delegado Edilson dos Santos, titular da DEH, realiza uma vasta análise de documentações e publicações da vítima. “Continuamos envolvidos no caso, investigado e, se necessário, solicitamos apoio de outras unidades”, afirma o delegado.

Nas audiências ainda foi citado o possível envolvimento de quatro pessoas, todas ligadas ao crime organizado ou ao jogo do bicho. O reforço nas investigações ainda teria apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Questionado, o promotor Marcos Alex Vera falou que “não comenta sobre este assunto”.

À queima roupa – No dia do crime, por volta das 17h40, Paulo aguardava na fila para buscar a filha na escola, a duas quadras da sua casa, na rua Alagoas, bairro Jardim dos Estados. Chovia e ele estava dentro do seu carro, quando o bandido chegou a porta e atirou ao menos seis vezes.

As balas quebraram o vidro do jipe do delegado e acertaram o tórax e a cabeça de Paulo Magalhães. Uma das balas entrou pelo pescoço e saiu pelo crânio, matando a vitima instantaneamente.

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