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Capital

Greve nas escolas municipais pode ser a 1ª em 14 anos em Campo Grande

Filipe Prado | 03/11/2014 18:10
A última greve aconteceu em 2000, conforme o presidente da associação (Foto: Marcos Ermínio)
A última greve aconteceu em 2000, conforme o presidente da associação (Foto: Marcos Ermínio)

A greve da Reme (Rede Municipal de Ensino), aprovada na manhã de hoje (3) durante assembleia da ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), é a primeira em 14 anos. De acordo com o presidente da associação, Geraldo Gonçalves, a última aconteceu em 2000, na administração do ex-prefeito André Puccinelli.

“Essa é a primeira greve puxada pela ACP desde 2000, sendo que esta ainda foi de advertência”, comentou Geraldo.

Um ofício, feito por uma comissão da ACP, oficializando a greve e informando à Prefeitura de Campo Grande e à Secretaria Municipal de Educação, já foi entregue. A carta aos pais já foi redigida e enviada à gráfica, para que sejam impressas cópias e, possivelmente, amanhã entregue aos pais.

O presidente revelou que os professores ainda não decidiram como as aulas dos alunos serão repostas. “Depois que o movimento terminar, a associação irá discutir o calendário”. As reposições começaram a ser contadas a partir de hoje (3), já que não houve aula em todas as escolas municipais.

Geraldo ainda admitiu que a greve não é vantajosa para os alunos e pais. “Toda mobilização é ruim para os alunos, pais e professores. Principalmente para os alunos, que não terão aulas, por isso o sindicato discutiu a paralisação como último caso”, finalizou.

Greve – Os professores votaram a favor da greve durante a assembleia na sede da ACP na manhã desta segunda-feira. Em 48h, todas as escolas municipais irão parar, porém a entidade espera um contraproposta antes do início da paralisação.

O sindicato ainda não sabe o período de duração da greve, conforme Geraldo. “Não foi votado um prazo e sim uma solução. Nós queremos uma solução”.

O prefeito Gilmar Olarte (PP) chegou a apresentar, ontem (2), proposta de pagamento para o dia 30 de novembro com retroativo, caso seja confirmado recurso da antecipação de outorga onerosa da Água Guariroba. Contudo, a opção foi rejeitada pelos 800 profissionais reunidos na sede da ACP.

Manifestações – No primeiro dia de paralisação, às 8h, os professores pretendem cobrar a Câmara Municipal por um posicionamento sobre o tema. Já para sexta-feira (7), os profissionais pretendem realizar, às 9h, caminhada da sede da ACP até o Paço Municipal, além de se reunirem em nova assembleia a partir das 14h.

A categoria cobra o reajuste de 8,46%, que vai elevar a remuneração por 20 horas ao piso nacional. De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

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