Grupo protesta contra feminicídios em frente à Casa da Mulher
Mulheres organizaram manifestação através do WhatsApp e se reuniram na entrada da unidade nesta 6ª feira
Cerca de 15 mulheres se reuniram em frente à Casa da Mulher Brasileira na tarde desta sexta-feira (7) para protestar contra os altos índices de violência contra mulher em Mato Grosso do Sul. A manifestação acontece no mesmo dia em que é inaugurada a 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar na unidade que fica no Bairro Jardim Imá, em Campo Grande.
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Cerca de 15 mulheres protestaram em frente à Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, MS, contra a violência de gênero, coincidindo com a inauguração da 4ª Vara de Violência Doméstica. As manifestantes, incluindo vítimas de agressão, destacaram a ineficiência do poder público e a falta de igualdade de gênero. Mato Grosso do Sul registrou a segunda maior taxa de feminicídios do Brasil em 2024, com 35 vítimas, evidenciando a vulnerabilidade feminina na região Centro-Oeste. Durante o evento, as manifestantes foram impedidas de entrar no auditório.
Entre as mulheres que estão em frente à unidade está professora Sara Glória. Ao Campo Grande News, ela relatou que foi vítima de agressão e estava em luto social e emocional. “Falta igualdade de gênero e o poder público não está sendo eficiente. Há muita falta de respeito com as mulheres“, relatou.
A aposentada Cleuza Pedrosa também está em frente à Casa da Mulher Brasileira e relatou que trabalha com mulheres da periferia vítimas de violência doméstica e acredita que falta a presença do poder público nas regiões mais carentes.
Durante a inauguração da nova Vara especializada as manifestantes foram impedidas de entrar no auditório onde acontece o evento e ficaram em frente à Casa da Mulher Brasileira segurando cartazes com frases de protesto contra os altos índices de violência e feminicídio. As mulheres organizaram a manifestação através de mensagens e grupo no WhatsApp.
Números – Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou a segunda maior taxa de feminicídios do Brasil, segundo dados oficiais das Secretarias Estaduais de Segurança, analisados com base na população do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Somente em fevereiro deste ano, ao menos seis feminicídios foram registrados em Mato Grosso do Sul, sendo que dois dos casos envolveram vítimas indígenas.
Com 35 vítimas no ano, o Estado registrou taxa de 1,27 assassinatos de mulheres por 100 mil habitantes, ficando atrás apenas de Mato Grosso, que lidera o ranking com taxa de 1,28 e 47 vítimas.
Os números analisados pelo Campo Grande News evidenciam a vulnerabilidade das mulheres na região Centro-Oeste, onde se concentram os dois estados com as maiores taxas de feminicídio.
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