ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 30º

Capital

Há 120 horas, família vive agonia de fila por UTI, que tem 90 doentes na Capital

Maria das Dores Araújo deu entrada na unidade de saúde na manhã de sábado (29) com suspeita de covid

Ana Paula Chuva | 03/06/2021 16:26
Maria das Dores de Araújo à esquerda ao lado da filha Edilaine Nery de Araújo. (Foto: Arquivo pessoal)
Maria das Dores de Araújo à esquerda ao lado da filha Edilaine Nery de Araújo. (Foto: Arquivo pessoal)

Desesperada, Edilaine Nery de Araújo, 40 anos, teme pela morte da mãe, Maria das Dores de Araújo, 57 anos. A mulher está intubada com suspeita de covid-19 na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica, em Campo Grande, aguardando vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) há mais de 120 horas e teve piora no quadro de saúde na tarde desta quinta-feira (3).

Ontem (2), Edilaine procurou o Campo Grande News, para contar o drama que a família está vivendo. Sem vagas em hospitais por conta do aumento de casos de covid-19 no Estado, a família precisou, inclusive, comprar sonda para Maria que está internada na unidade de saúde  desde as 9 horas de sábado (29).

“O médico disse que se não for para um hospital, ela não vai aguentar”, disse Edilaine. Na tarde de hoje, procurada pela reportagem, a mulher contou que não houve nenhuma mudança na situação da mãe que apresentou uma piora clínica, segundo o boletim médico.

“Eu vou perder a minha mãe. Eu vou perder minha mãe por falta de atendimento. Meu Deus eu não sei o que faço. Eu juro por Deus. Aqui disseram para ir atrás em hospital particular porque eles não tem  que fazer. Tiraram nossas esperanças”, relatou Edilaine desesperada.

Ao Campo Grande News, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que até o início da tarde hoje eram 90 pacientes em UPAs, aguardando vagas em hospitais. Maria está entre eles, mas não há previsão de transferência que é feita de acordo com a gravidade do quadro clínico.

“A transferência é feita por gravidade. Hoje de manhã tínhamos seis pacientes com quadros muito críticos que estavam na frente dela. Mas isso pode mudar a qualquer momento. Além disso, não para de chegar demanda”, disse a secretaria em nota.

Nos siga no Google Notícias