Impasse prorroga para dezembro retirada de catadores do lixão
A reunião na tarde desta quinta-feira (15) entre representantes da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), da empresa Solurb e catadores do lixão na Capital terminou da forma que começou, com futuro incerto e apenas a garantia que os catadores poderão ficar ali até o dia 15 de dezembro. Antes, eles tinham de se retirar no dia 21, na quarta-feira que vem.
Foi reafirmado que a usina de reciclagem estará à disposição dentro de três meses e oferecidas vagas de empregos para cargos como serviços gerais, gari e limpeza de rua, alternativas que não satisfazem a classe dos catadores. Eles não crêem na finalização da obra da usina no tempo previsto.
“Mudaram a data do dia limite para nós no lixão do dia 21 agora para o dia 15 de dezembro, com a promessa de oferecer material reciclável para os trabalhadores para ter uma fonte de renda, mas eles não vão conseguir cumprir isso”, conta o representante dos catadores Sérgio Rodrigues, de 32 anos.
Segundo o catador, por dia os trabalhadores tiram no mínimo R$ 100 e as ofertas de empregos oferecidas pela Semadur e Solurb não estariam na média do que eles ganham atualmente.
Está sendo solicitado aos trabalhadores o cadastramento para ter uma base do número de trabalhadores no local.
Conforme a diretora do Departamento de Licenciamento e monitoramento ambiental da Semadur, Denise Name, quando for fechado, o lixão passará por um processo de recuperação.
"Hoje já tem 55 pessoas trabalhando em uma cooperativa, porém o restante que ficou aqui teme não poder trabalhar quando a unidade estiver liberada”, disse.
Segundo Denise, os catadores ainda não entenderam os benefícios da cooperativa. "Eles não entenderam que vão ter benefícios com o emprego, como por exemplo, carteira assinada, férias, aposentadoria, auxilio doença”, destaca.
Até o momento apenas 94 trabalhadores fizeram o cadastro solicitado. Atualmente cerca de 380 pessoas trabalham como catadores no local.