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Capital

Inquérito do Ministério Público apura crise na Santa Casa

Falta de medicamentos, paralisação das cirurgias eletivas e outros problemas são alvos do procedimento

Por Jéssica Fernandes | 07/03/2025 16:58
Inquérito do Ministério Público apura crise na Santa Casa
Entrada da Santa Casa de Campo Grande, na Rua Eduardo Santos Pereira. (Foto: Marcos Maluf)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) abriu mais um inquérito para investigar a Santa Casa de Campo Grande. Desta vez, o desabastecimento de medicamentos, insumos e a paralisação das cirurgias eletivas e atendimentos ambulatoriais são alvo do procedimento.

Com esse inquérito, o maior hospital do Estado já totaliza dez procedimentos que abrangem diversos setores. O mais recente foi instaurado pela 32ª Promotoria de Justiça, com atribuição na área de saúde pública.

Além de apurar a situação para levantar um panorama, o MPMS também deverá identificar responsabilidades e buscar soluções que assegurem o atendimento à população.

Foram solicitadas pela 32ª Promotoria de Justiça informações da Santa Casa, da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde, além da convocação de reuniões para discutir a situação e buscar soluções.

Em fevereiro, o MPMS realizou uma reunião para discutir a crise enfrentada pela Santa Casa. O encontro abordou não só falta de insumos e medicamentos, mas também atrasos nos pagamentos a profissionais e fornecedores.

Na ocasião, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) ressaltou a regularidade dos repasses estaduais e municipais ao hospital e destacou a existência de uma Comissão de Avaliação de Contratualização para garantir o cumprimento de metas e a correta aplicação dos recursos.

Por enquanto, a retomada dos serviços e atendimentos no hospital segue sem previsão. Nas notas anteriores enviadas à imprensa, a Santa Casa justificou que a crise “é resultado de um contrato deficitário, que não suporta mais o volume de serviços prestados, especialmente considerando o aumento significativo dos custos operacionais e de mão de obra nos últimos anos”.

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