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Capital

Jovem é decapitado e Polícia Civil suspeita de guerra entre facções

Vítima foi encontrada enrolada em um colchão no Indubrasil

Geisy Garnes e Guilherme Henri | 08/10/2017 08:15
Corpo foi encontrado em uma estrada vicinal no Indubrasil (Foto: Direto das Ruas)
Corpo foi encontrado em uma estrada vicinal no Indubrasil (Foto: Direto das Ruas)

Um corpo decapitado foi encontrado em uma entrada vicinal na região do Indubrasil na noite deste sábado (7), em Campo Grande. A vítima, identificada como Rudnei da Silva Rocha, de 22 anos, estava desaparecida há pelo menos um dia e a polícia suspeita que a execução tenha sido motivada por acerto de contas entre facções.

Rudnei, conhecido como “Babidi”, foi encontrado por volta das 22 horas, em uma estrada de vicinal, próximo a um curtume do Indubrasil. O corpo estava enrolado em um colchão, separado da cabeça.

Segundo o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, Enilton Pires Zalla, moradores da região acionaram a Polícia Civil. Assim que os investigadores chegaram ao local, reconheceram o rapaz desaparecido.

O delegado explicou que um dia antes, familiares do rapaz procuraram a polícia para relatar o desaparecimento de “Babidi”, como a vítima era conhecida, e por isso o caso já era investigado.

Antes mesmo de encontrarem o corpo, as equipes de investigação já trabalhavam com a hipótese de execução. O motivo: a guerra entre facções.

“Pela minha experiência e pelo que foi apurado até o momento, a execução pode ser motivado por envolvimento com facções criminosas”, explicou Zalla.

Sem falar em siglas, o delegado afirmou que a suspeita é de que um grupo criminoso tenha descoberto a participação de Rudnei em uma organização rival.

Os peritos não encontraram vestígios de sangue, o que confirma a suspeita de que a vítima foi assassinada em outro local e deixada na estrada vicinal. Ainda conforme Zalla, Rudnei foi assassinado cerca de seis horas antes e apresentavam sinais de tortura. “Possivelmente ele foi torturado antes de morto”.

Rudnei possuía uma longa ficha criminal com passagens por tráfico de drogas e furto. Equipes da Polícia Civil realizam buscas por possíveis suspeitos, já identificados. Mas, mais detalhes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.

Segundo o delegado Enilton Zalla, a polícia já identificou suspeitos pelo crime (Foto: André Bittar)
Segundo o delegado Enilton Zalla, a polícia já identificou suspeitos pelo crime (Foto: André Bittar)
Rudinei posa para foto (Foto: Facebook/Reprodução)
Rudinei posa para foto (Foto: Facebook/Reprodução)

2º caso – No dia 30 de setembro, o corpo de um jovem de 18 anos foi encontrado carbonizado e sem cabeça no aterro sanitário de Campo Grande. A vítima foi identificada como Leoni de Moura Custódio, que estava desaparecido há dois dias.

Ainda não há detalhes sobre o caso, nem a motivação do crime. De acordo com o pai da vítima, Reinaldo Custódio da Silva, 48 anos, Leoni estava em Campo Grande há cerca de 15 dias quando desapareceu. “Fizemos o reconhecimento pela digital e o que mais temia se concretizou: era o Leoni”, afirmou em entrevista ao Campo Grande News no dia 3 de outubro.

Esquartejado - No dia 15 de agosto desde ano, a guerra entre PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho matou Fernando Nascimento dos Santos. Ele foi encontrado esquartejado na rua Engenheiro Paulo Frontim, 150 metros do anel viário, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

O jovem é morador de Nova Alvorada do Sul e foi identificado pela família, depois que fotos do corpo esquartejado vazaram na internet.

Em vídeo com pouco mais de 15 segundos, que circularam pela internet na época, o jovem aparece sentado em uma cadeira, aparentemente dopado, e diz: “Peço desculpa a todo o Primeiro Comando da Capital, que eu conheci o verdadeiro crime agora, não igual aqueles lixo lá. Tamo junto, agora com o 1533 (sic)”.

O número 1533, de acordo com a ordem em que as letras aparecem no alfabeto, significa PCC, o que leva a suspeita de envolvimento da facção na morte do rapaz.

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