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Capital

Jovens querem ensino médio técnico, diz ministro da Educação

Segundo ele, desafio é ampliar a oferta de 11% para 34% no prazo de cinco anos

Por Maristela Brunetto | 13/11/2024 07:41
Ministro veio a Campo Grande anunciar medidas para evitar evasão escolar (Foto: Divulgação Governo Federal/ Luis Fortes)
Ministro veio a Campo Grande anunciar medidas para evitar evasão escolar (Foto: Divulgação Governo Federal/ Luis Fortes)

Ampliar a oferta de vagas no ensino médio com qualificação técnica é um desafio para o governo federal, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, que está em Campo Grande para anunciar uma série de medidas, entre elas, exatamente o aumento de bolsas para o programa Pé-de-Meia, voltado a auxiliar os jovens para que não deixem de estudar para entrar no mercado de trabalho. O auxílio deve dobrar o alcance, chegando a pouco mais de 40 mil jovens.

O ministro disse, em entrevista ao Bom Dia MS, que o ministério ouviu cerca de 850 mil jovens e constatou o desejo de oferta de mais vagas no ensino médio com formação técnica, a ser disponibilizada nos institutos federais. Segundo ele, o governo federal conquistou a aprovação de lei que possibilita aos estados converter o que pagariam em juros de dívida com a União em investimentos no ensino médio. A pretensão é subir de 11% para 35% a oferta dessa modalidade em cinco anos.

Em outra frente, o MEC incluiu no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) obras de institutos federais. Conforme Santana, já há duas áreas destinadas e tramitação de licitação para novos institutos em Mato Grosso do Sul. Segundo disse, a União também planeja criar um incentivo, como o Pé-de Meia, para universitários, também com o foco em conter a evasão dos jovens.

O ministro foi questionado sobre ações para melhorar o ensino para estudantes indígenas. Escolas de aldeias tiveram o pior desempenho na avaliação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Ele falou em um “diálogo federativo”, com apoio de estados e municípios para aperfeiçoar a educação, o que envolve as próprias instituições federais, no caso os IFs e universidades federais e destinação de mais recursos do PAC para escolas indígenas.

Outro desafio será incentivar estudantes do ensino médio para despertar interesse na docência e buscar licenciatura específica. O Anuário Brasileiro da Educação Básica demonstrou que um em cada três professores não tem formação específica para a disciplina que ensina, como biologia, matemática ou história.

O ministro tem agenda às 9h30, com o governador Eduardo Riedel, no IFMS de Campo Grande, no Bairro Santo Antônio, região oeste da cidade. Eles irão inaugurar uma quadra poliesportiva e bloco didático-pedagógico com salas de aula e laboratórios e o ministro também assinará uma ordem de serviço para a construção da segunda etapa do bloco da Unidade da Criança e da Mulher do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados.

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