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Capital

Justiça marca para fevereiro 1ª audiência de assassinato em motel

A principal suspeita do crime, Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, de 28 anos, está presa desde o dia 21 de novembro

Geisy Garnes | 10/12/2018 09:27
Corpo de Daniel foi encontrado no dia 19 de novembro (Foto: Paulo Francis)
Corpo de Daniel foi encontrado no dia 19 de novembro (Foto: Paulo Francis)

A primeira audiência sobre o morte de Daniel Nantes Abuchaim, 46 anos - assassinado em um motel no dia 19 de novembro - na Justiça já tem data marcada e deve acontecer em fevereiro do próximo ano. A principal suspeita do crime, Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, de 28 anos, está presa desde o dia 21 de novembro.

Testemunhas de acusação, intimadas pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) devem começar a ser ouvidas no dia 12 de fevereiro de 2019, pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri Aluízio Pereira dos Santos.

As páginas do processo sobre a morte do empresário e ex-superintendente de Gestão de Informações do governo do Estado já somam o relatório das investigações policiais feitas pela 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, vários depoimentos - entre eles os de Fernanda - e a denúncia do Ministério Público.

Inicialmente, Fernanda alegou à polícia que havia assassinado Daniel sozinha, motivada por vingança a um possível assédio cometido por ele à sua namorada. Dias depois ela mudou a versão, afirmou que ele foi morto por um desconhecido e que só assumiu o homicídio após ter sido ameaçada.

Sem considerar o segundo depoimento, o MPMS denunciou Fernanda à Justiça por homicídio duplamente qualificado - dissimulação e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Daniel foi encontrado morto no dia 19 de novembro (Foto: Reprodução Facebook)
Daniel foi encontrado morto no dia 19 de novembro (Foto: Reprodução Facebook)
Fernanda está presa pelo crime desde o dia 21 de novembro (Foto: Reprodução Facebook)
Fernanda está presa pelo crime desde o dia 21 de novembro (Foto: Reprodução Facebook)

O depoimento - Fernanda contou que no dia 19 de novembro foi a casa de Daniel e assim que saíram de lá, pararam em um cruzamento com sinalização de pare. Neste momento um homem armado entrou no banco traseiro do veículo e chamou o empresário pelo nome, aparentando conhecê-lo.

O homem obrigou a mulher dirigir até o motel no Jardim Noroeste e dentro do quarto, discutiu com Daniel por conta de uma “dívida de dinheiro e cheques”, segundo Fernanda. Durante a briga, o assassino teria estrangulado o ex-superintendente com um “golpe com o braço” e colocou uma toalha no rosto dele.

Fernanda afirmou ter percebido que Daniel sangrava após ter sido esfaqueado, mas que não viu o crime acontecer. Toda a cena teria ocorrido dentro do banheiro, de onde o homem foi arrastado pelo suspeito até a garagem e colocado dentro da Pajero TR4 da mulher.

O homem ainda teria ameaçado Fernanda, afirmando que “iria esfaqueá-la da mesma forma caso falasse alguma coisa”. A mando do suspeito, levou o corpo até o Jardim Veraneio, fugiu do local e deixou o assassino em um semáforo na mesma região. Fernanda ainda tentou ir para Bela Vista. Contudo, horas depois, decidiu voltar à Capital, onde foi presa.

Durante as investigações, a polícia ainda encontrou conversas de Fernanda com Patrick Weslley Fontoura Dias de Lima - irmão de Mayara Fontoura Holsback, assassinada a tesouradas pelo namorado, Roberson Batista da Silva, em setembro de 2016. Ainda conforme os inquerito, o rapaz é um dos suspeitos de participar do crime.

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