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Líder de quadrilha correu para o banheiro e cortou a mão ao quebrar celular

William Alves Ribeiro se escondeu no banheiro quando policiais federais o chamaram

Por Ana Paula Chuva | 15/08/2025 09:35
Líder de quadrilha correu para o banheiro e cortou a mão ao quebrar celular
William na sala de casa fazendo curativo na mão após se cortar (Foto: Reprodução)

Apontado como líder da quadrilha alvo da operação Contra-Ataque III, o empresário William Alves Ribeiro, o “Peixe”, foi encontrado escondido dentro do banheiro da residência no condomínio Damha II, com a mão sangrando. Ele estava com mandado de prisão preventiva em aberto e a casa foi alvo de busca e apreensão.

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William Alves Ribeiro, conhecido como "Peixe", foi preso durante operação policial em Campo Grande. O empresário, apontado como líder de uma quadrilha, foi encontrado escondido em um banheiro de sua residência no condomínio Damha II, com a mão ferida após tentar destruir seu celular. A operação Contra-Ataque III, realizada pela Polícia Federal e Receita Federal, cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva. O grupo é investigado por usar mercadorias agrícolas para ocultar drogas e empresas de fachada para lavagem de dinheiro. Foram apreendidos veículos de luxo, armas, dinheiro e documentos.

As equipes da PF (Polícia Federal) e da Receita Federal chegaram à casa de William no início da manhã. No entanto, ninguém respondeu aos chamados e os servidores acessaram o local pelo portão lateral que estava aberto, assim como a porta dos fundos.

Nesse momento, a esposa de William desceu as escadas e permitiu que os outros integrantes da equipe entrassem pela porta da frente. O empresário continuou não respondendo aos chamados e os policiais decidiram acessar o piso superior da casa.

William foi encontrado com uma das mãos sangrando dentro do banheiro, onde também havia manchas de sangue. Ao ser questionado sobre o que havia acontecido, o empresário respondeu que se assustou com a chegada da polícia e acabou se cortando na janela que estava aberta.

Os policiais desconfiaram da versão e, então, subiram no telhado da casa, onde foi encontrado o celular de William, um iPhone, totalmente destruído. Os agentes concluíram que o empresário se machucou ao quebrar o aparelho e jogá-lo no local. O telefone foi recuperado.

Foi feito curativo no corte do empresário e, em seguida, os policiais deram início às buscas na casa onde estavam William, sua esposa Nadja Tybush Ribeiro, as três filhas do casal e uma amiga das meninas.

Líder de quadrilha correu para o banheiro e cortou a mão ao quebrar celular
Corte na mão do empresário preso durante a operação (Foto: Reprodução)

No local foram apreendidos oito pendrives no closet do casal, uma pistola Glock 380, outros dois iPhones, uma caminhonete Hilux, um reboque, um veículo Up, um computador e um notebook, mais dois pendrives no quarto de uma das filhas, documentos, um veículo Volvo, um minibugue e R$ 9.150,00 em dinheiro.

William teve o mandado de prisão cumprido e foi levado para a Delegacia de Polícia Federal da Capital. A empresa dele, WR Martelinho de Ouro, e uma casa no condomínio Nasa Park também foram alvos de buscas.

Ainda foram presos na ação Welder Alves Ribeiro, irmão de William, o empresário Adalto Rodrigues de Souza Júnior e Bruno Antonio Guido Benzi, e os policiais cumpriram 13 mandados de busca.

Líder de quadrilha correu para o banheiro e cortou a mão ao quebrar celular
Celular destruído por William quando a polícia chegou (Foto: Reprodução)

Apreensões - No Jardim Tijuca, a polícia apreendeu um Jeep Renegade e um Jeep Compass na casa de Welder. Com Adalto, foram apreendidos uma caminhonete Hilux, um jet ski, um SW4, além de armas e munições que serão analisadas. O empresário é CAC (Caçador, Atirador e Colecionador) e apontado como dono de uma oficina alvo de busca no bairro e da garagem Play Motors.

Evellyn Moura do Carmo, esposa de um dos empresários, também foi alvo da ação. Ela é dona do salão de beleza Stilo Diva, local que foi alvo de busca nesta manhã.

Na garagem de Adalto, estava um Camaro registrado em nome de Marlon Glauber de Souza, também alvo da operação, que foi levado para a sede da Polícia Federal junto com um veículo de transporte de animais com a estampa "Família Ribeiro".

 Operação - Segundo a apuração, o esquema utilizava mercadorias agrícolas para ocultar drogas e empresas ligadas aos investigados para receber os valores das negociações. As companhias, que não possuíam lastro fiscal compatível com as movimentações financeiras, operavam formalmente em setores como venda de veículos e oficinas mecânicas para mascarar a origem ilícita dos recursos.

Durante a ação desta quinta-feira, estão sendo cumpridos em Campo Grande quatro mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, incluindo um haras. Também houve bloqueio de contas bancárias e sequestro de imóveis pertencentes a pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao grupo criminoso.

A investigação teve início a partir de materiais apreendidos pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) de Minas Gerais, durante apuração sobre um grupo criminoso que atuava no comércio de armas e entorpecentes na região do Triângulo Mineiro. Após a identificação de que parte dos fornecedores estava sediada na capital sul-mato-grossense, a 1ª Vara Criminal de Uberaba (MG) autorizou o compartilhamento das provas com a Superintendência da PF no Estado, que prosseguiu com as investigações.

Outros alvos - Conforme apurou o Campo Grande News, na segunda fase da operação, foram alvos William Alves Ribeiro, Nadja Tybusch Ribeiro, Welder Alves Ribeiro, Rosany Larissa Aranda da Silva, Bruno Antonio Guido Benzi e os motoristas Welisson de Oliveira Lina, Wesley de Oliveira Lima e André Luiz Fabris da Silveira.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos nas empresas Aliança Transporte de Veículos, War Transportes, Play Motors, WR Martelinho Express Ltda., Conect Peças, Subprodutos Bovinos Ltda., Ateliê da Nana, Duas Nações Materiais para Construções, Lolya-Nyclothes Moda Feminina, Stilo Diva e Embaplast.

Já na primeira fase da operação foram alvos Marlon Glauber de Souza, Ana Graciliana Simões Araujo, Marco Afonso Nunes, Alair José da Silva Shon, Jonas Regis de Melo Costa, Junio Antonio dos Santos, Matheus Juliano do Nascimento, Reinaldo Humberto de Souza Júnior, Adriano Moreira Silva, Ailton Soares de Alencar Júnior, Adriano Evangelista da Silva, Alberto de Oliveira, Luiz Dias de Souza, Osvaldo Rateiro Júnior e Weverton Barbosa de Souza.

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