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Capital

Lojistas da Coronel Antonino cobram medidas contra “invasão de andarilhos"

Comerciantes se reuniram com representantes das forças de segurança e da Associação Comercial

Por Lucia Morel | 09/04/2025 20:42

Com cerca de 300 lojas, temendo furtos e relatando ameaças, comerciantes do bairro e da avenida Coronel Antonino se reuniram hoje com representantes das forças de segurança e da Acicg (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) para tratar do assunto. Um dos que encabeçam o movimento, Paulo de Mattos Pinheiro diz que há furtos frequentes de fios de energia, arrombamento de comércios e ameaças a clientes.

“Para comprar droga, esses andarilhos chegam nos clientes e pedem dinheiro. Se não recebem, ameaçam, intimidam a pessoa e a gente perde os clientes que ficam com medo”, relatou, enfatizando que decidiu chamar os lojistas para debater o caso antes que a situação se agrave. “Temos que ter mais segurança”.

Conforme Paulo, são centenas de andarilhos que ocupam a região com frequência e o aumento foi notado de uns dois anos pra cá. “Muitos restaurantes dão comidas pra eles e eles vão ficando. Mas jogam as marmitas de qualquer jeito, sujando a calçada”, reclamou.

Lojistas da Coronel Antonino cobram medidas contra “invasão de andarilhos"
Andarilhos e usuários de drogas na região do Coronel Antonino. (Foto: Direto das Ruas)

Ele conta que anos atrás havia um posto da Polícia Militar ali perto, mas por falta de efetivo, foi fechado. “Precisa reativar”, comentou. Disse ainda que há muitas bocas de fumo pelo bairro e arredores, por isso acredita que os usuários não migram pra outras localidades. “Só aqui já entraram duas vezes”, contou. Paulo tem uma loja de embalagens há 30 anos na avenida Coronel Antonino.

Quem também reclama é Iana Vilanova Salina, funcionária de uma loja de papelaria na avenida Ceará, na mesma região. Há um mês o estabelecimento funcionava na avenida Coronel Antonino, onde permaneceu por três anos. “Tentaram invadir a loja três vezes e esse foi um dos motivos que nos fez mudar de local”, contou.

Ela também é moradora do bairro de mesmo nome e diz que se interessa pelo fim da insegurança por ali. “Em três anos, fomos vítimas três vezes: primeiro tentaram entrar pelo telhado, mas fugiram quando disparou o alarme. Depois estouraram o vidro da frente e levaram alguns produtos e depois, mesmo com a grade que colocamos, tentaram arrancar a grade pra entrar”, relatou.

Participaram da reunião integrantes do batalhão da Polícia Militar que atua na região, Polícia Civil, Guarda Municipal e OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil).

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