Luiz aposta no geladão em domingo que ambulantes "sumiram"
A reportagem percorreu oito colégios eleitorais e encontrou apenas um ambulante
Os ambulantes em Campo Grande não “botaram fé” na presença dos eleitores nos colégios eleitorais para votar neste domingo (27) de segundo turno.
O Campo Grande News percorreu ao menos oito escolas onde está havendo votação e em apenas uma delas havia ambulante trabalhando.
Luis Carlos Areco Florentino, de 43 anos, está desde antes das sessões abrirem, às 7h da manhã, com sua banca em frente à Escola Municipal Padre Tomaz Ghirardelli, o maior colégio eleitoral da Capital, no Parque do Lageado, onde votam pouco mais de 8.500 eleitores.
Ele oferece café, sopa paraguaia e, apostando no calor, trouxe os famosos geladões. “Sempre aproveito as eleições para vender algumas coisas e fazer uma renda extra”, explica.
Luis diz que foi ao local para “garantir o café do pessoal que acordou cedo”. Além disso, aproveitou a onda de calor que teima em não passar em Campo Grande para refrescar o domingo de votação.
“Tudo que trouxe está vendendo bem. Acabando aqui vou para casa, não pretendo voltar”.
Além da Tomas Ghiradelli, a reportagem passou pelas escolas Armando de Oliveira, Dolor Ferreira de Andrade, Hércules Maymone, Professor Arassuay Gomes de Castro, Maestro Frederico Liebermann, Lucia Martins Coelho e Universidade Unigran e, em nenhuma delas, havia ambulantes.
Eleições - Pela segunda vez nas eleições em Mato Grosso do Sul, a votação está sendo realizada das 7h até 16h, horário que segue neste segundo turno. Anteriormente, em 2018, a eleição ocorria das 8h às 17h, no fuso local, em todas as unidades da Federação. Em 2022, durante as eleições presidenciais, a Justiça Eleitoral autorizou o novo horário para que todo país seguisse o fuso de Brasília.
Dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no primeiro turno, revelaram realidade preocupante nas eleições municipais deste ano em Campo Grande. Dos 646.198 eleitores aptos a votar, nada menos que 164.799 decidiram não comparecer às urnas. Esse número, que representa 25% do eleitorado da capital sul-mato-grossense, coloca a cidade acima da média nacional de abstenções, que foi de 21,7%.
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