Mais um é preso por vender produto furtado ao Alemão Conveniência e dar golpes
Além de vender fécula de mandioca para dono do Alemão, quadrilha aplicou golpe em metalúrgica da Capital
Nesta terça-feira (12), a equipe da 3ª Delegacia de Polícia Civil efetuou a prisão de mais um suspeito de integrar a organização criminosa que vendeu produto furtado e deu golpe em diversas empresas de Mato Grosso do Sul, inclusive, que levou à prisão o proprietário da Alemão Conveniência e da Maximus Chiparia, em Campo Grande, por compra de fécula de mandioca furtada pela quadrilha.
Desta vez, dono de pesqueiro Marcos Recaldes Aveiro foi preso em flagrante, no local os policiais encontraram caminhão usado para transportar carga furtada de tubos metálicos, crime que deu origem à operação Miragem deflagrada no dia 22 de outubro.
Conforme apontou a investigação, o grupo usava o nome do supermercado para comprar a mercadoria. No entanto, eles não pagavam pelo produto, emitiam notas fiscais falsas e depois revendiam para outras empresas.
O comerciante foi intimado e esteve na delegacia acompanhado por advogado. Na ocasião, apresentou nota fiscal do produto, mas foi constatado que o documento era falso. Ele alegou, então, que um homem identificado como Adeilson pediu para deixar o veículo no pesqueiro sem dar mais detalhes.
Em depoimento, Marcos afirmou, ainda, que conhecia o homem, porque os dois cumpriram pena no regime aberto. Ele foi preso em flagrante por estelionato, uso de documento falso e integrar organização criminosa. O caso ainda é investigado pela 3ª Delegacia de Polícia Civil e ele deve passar por audiência de custódia.
Operação - No dia 22 de outubro deste ano, o dono de uma empresa de metalúrgica de Campo Grande procurou a 3ª Delegacia de Polícia Civil e relatou ter sido vítima de estelionato. Na ocasião, ele contou que pessoas não identificadas haviam retirado carga de tubos de aço avaliada em R$ 86.209,25, sem pagar. Conforme o depoimento da vítima, 12 dias antes ele recebeu a ligação de um homem que se identificou como funcionário de um supermercado de Três Lagoas, e que precisa do material para obra no local.
A pessoa afirmava no telefonema que gostaria de comprar 2.025 tubos de aço e que o pagamento seria feito através de boletos. O dono da empresa garante que fez todas as checagens sobre a veracidade do pedido e, então, enviou a carga, que foi retirada por um freteiro que já havia feito outras entregas para ele.
Porém, horas depois, o proprietário recebeu a ligação do representante da empresa em Dourados questionando se havia negociado produtos com o supermercado. Ele respondeu que sim e foi informado se tratar de um golpe.
O homem entrou em contato com o entregador, mas ele já havia deixado o produto em um posto de combustíveis no Bairro São Jorge da Lagoa. O falso pagamento pela entrega foi feito via Pix fake, por Bruno Henrique Aristimunho Lima, estagiário preso no dia 30 de outubro por se passar por advogado e dar golpe em clientes.
O dono da metalúrgica, então, procurou a Polícia Civil, que conseguiu identificar os demais integrantes da organização criminosa. Entre eles, Alberto Brunet Garcez, o Beto, responsável pelo pagamento de freteiros, Laura Eunice Silva Feitosa, que passava os valores para Bruno pagar os entregadores. Wagner Baggio, o Rebite, que cooptava pessoas para participar do crime e Demétrio Ribeiro de Amorim, suspeito de ser o responsável pela logística.
Também são acusados de participação Adeilson Franco de Barros, dono de um dos veículos usados no crime e responsável pela logística de contratação dos freteiros, homem identificado apenas como Jaime, que também não teve a função revelada, assim como Edson. Os cinco primeiros já foram denunciados pelo MPMS na segunda-feira (11) pelo estelionato e por integrarem organização criminosa no caso da metalúrgica.
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