Manifestação reúne entre 12 e 14 mil pessoas, estimam PM e organização
Estimativas apontam que entre 12 e 14 mil pessoas participam, neste domingo (12), de manifestação contra a corrupção e pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em Campo Grande. Os números foram informados pela Polícia Militar e organizadores do ato, que nesta ocasião utilizam engenheiros para reduzir a diferença entre os dados.
De acordo com o comandante do Policiamento Metropolitano, tenente coronel Francisco de Assis Ovelar, os manifestantes ainda se movimentam de forma espaçada, o que prejudica um cálculo mais preciso. Sua equipe, no entanto, confirmou estimativa parcial de 12 mil pessoas na manifestação que partiu da Praça do Rádio Clube e se dirige aos altos da Avenida Afonso Pena.
Karina Maia, assessora do Movimento Chega de Impostos, contrapôs os números com estimativa realizada por três engenheiros que apontam presença de 14.621 pessoas. A base de cálculo considera três pessoas por metro quadrado, em extensão de 406 metros.
Verde e Amarelo - A maioria dos manifestantes veste a camisa do Brasil ou roupa nas cores verde e amarela. Placas e bandeiras pedem o impeachment de Dilma Rousseff (PT), o fim da corrupção e a redução de impostos. Alguns, mais extremistas, desejam a extinção do PT (Partido dos Trabalhadores).
O contador Arildo Aristimunho, 60 anos, ressaltou que somente com a “pressão das ruas” será possível mudar o rumo da política brasileira. Posicionamento semelhante também possui o pecuarista Italívio Coelho Neto, 44. “Muitas vezes os políticos não escutam as ruas, pois estão distantes da população e preocupados apenas com seus interesses próprios”.
Investigação de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou os participantes a cantar o Hino Nacional em frente a sede do MPF (Ministério Público Federal) na esperança de que sejam investigados sobre seu envolvimento ou não em crimes de corrupção revelados na Operação Lava Jato. Moradores de prédios tem luzes piscando em apoio ao grupo.
No entanto, a servidora pública Rejane Adre, 39, entende ser preciso “deixar o conforto de casa para protestar”, além de defender mudanças concretas nos rumos da administração petista. Já o médico José Otávio, 63, relembra com a manifestação a década de 80, quando as pessoas iam às ruas para expressar sua indignação. “Sempre participo de passeatas e, infelizmente, a bandidagem aumentou na política”, lamentou.