Marcada para julho, licitação dos radares atrai empresas de São Paulo e Paraná
Quatro grupos pediram informações, incluindo interessada que disputou pregão em 2010
Marcada para 3 de julho, a licitação dos radares em Campo Grande, que envolve valor de até R$ 50.255.742,97, atraiu interesse de empresas de São Paulo e Paraná. São quatro grupos que pediram informação ao poder público, incluindo a Splice Indústria, Comércio e Serviços, que participou da licitação de 2010, mas não levou o contrato.
RESUMO
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Empresas de São Paulo e Paraná demonstram interesse na licitação dos radares em Campo Grande, marcada para 3 de julho. O valor estimado do contrato é de R$ 50,2 milhões, abrangendo fornecimento, instalação e manutenção de equipamentos. Quatro grupos empresariais solicitaram informações, incluindo a Splice Indústria, Comércio e Serviços, participante da licitação de 2010. O edital prevê radares de velocidade, monitoramento de ruído com registro fotográfico e em vídeo, leitura automática de placas e plataforma de gestão de dados. A Agetran justifica a inclusão do monitoramento de ruído e da plataforma de dados como essenciais para a eficiência do sistema e geração de relatórios gerenciais. A licitação inclui ainda sistema de cerca eletrônica, processamento de imagens e central de monitoramento de trânsito. Os equipamentos registrarão infrações como desrespeito ao sinal vermelho, parada sobre a faixa de pedestres, excesso de velocidade e ruído.
A empresa CLD - Construtora, Laços Detetores e Eletrônica Ltda., com sede em São Bernardo do Campo (São Paulo), solicitou informações sobre a instalação e fornecimento dos equipamentos.
Localizada na capital paulista, a Bless Processamento de Dados Ltda – EPP questionou a prefeitura sobre os materiais que devem ser utilizados na sinalização viária.
A Splice Indústria, Comércio e Serviços Ltda, que tem sede em Votorantim (São Paulo), questionou a exigência da plataforma de gestão de dados. O sistema deve seguir especificações como: monitoramento de tráfego em tempo real, gestão e sincronização semafórica, mapeamento urbano e integração futura com transporte público.
“Poderia, por gentileza, demonstrar quanto à real necessidade da plataforma em realização aos equipamentos de fiscalização eletrônica?”, questiona a Splice.
A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) apontou que a exigência de uma plataforma de gestão de dados é para garantir que o sistema de monitoramento de infrações de trânsito seja não apenas eficiente em termos de captura e processamento de imagens, mas também que possibilite a geração de relatórios gerenciais completos e detalhados. Segundo a agência, a presença desse item na planilha orçamentária não compromete o princípio da isonomia e nem impede que as empresas elaborem propostas compatíveis com o objeto a ser licitado.
Localizada em Pinhais (Paraná), a Mobilis Tecnologia S/A pediu informações sobre qual o período do exercício fiscal que deve ser envidado. A resposta é de que são dos anos de 2022 e 2023.
Uma pessoa física também pediu informações sobre o edital. Andrei Martins questionou sobre a exigência de instalar equipamento de monitoramento de ruído, que pode prejudicar a competitividade.
Conforme o documento, foram identificados 16 locais que têm proximidade a estabelecimentos como hospitais, unidades de pronto atendimento e postos de saúde. Locais que demandam monitoramento por estarem em zonas de silêncio.
Segundo a Agetran, o equipamento será utilizado com o objetivo de identificar e monitorar locais onde os níveis de ruído são excessivos, contribuindo para uma avaliação precisa das áreas afetadas. A partir dessa identificação, esses locais serão cuidadosamente analisados para determinar sua viabilidade como pontos estratégicos de fiscalização.
“Assim, a permanência desse item no processo de licitação não compromete a competitividade do certame, pois trata-se de um componente que complementa os equipamentos de registro de infrações de trânsito”.
O edital prevê fornecimento, instalação e manutenção de equipamento de monitoramento de ruído, que realize registro fotográfico, registro de vídeo com captura de áudio e leitura automática de placas, do tipo fixo, para controle e monitoramento dos níveis de pressão sonora provenientes do tráfego de veículos e transmissão de dados remotos on-line.
Radares e central - Do valor total de R$ 50.255.742,97, são R$ 43,5 milhões para equipamentos de fiscalização de velocidade, software para talonário eletrônico de infrações, câmera de videomonitoramento, coleta de imagem, monitoramento de ruído de tráfego e plataforma de gestão de dados. Já R$ 1,5 milhão é o custo da central de monitoramento de trânsito.
O mesmo valor de R$ 1,5 milhão vai para sistema de cerca eletrônica (os equipamentos deverão possibilitar a leitura e reconhecimento das placas de todos os veículos que passar pelo local e armazená-las no equipamento por um período mínimo de 60 dias). Outros R$ 4 milhões são para sistema de processamento de imagens.
Os equipamentos, de acordo com as suas aplicações, deverão possibilitar o registro das seguintes infrações de acordo com cada modelo previsto: desrespeitar o sinal vermelho do semáforo, parar sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal luminoso, desrespeitar a velocidade regulamentada para a via, conversão e retorno proibidos, faixa exclusiva e excesso de ruído.
A reportagem questionou a prefeitura sobre a quantidade de radares que fiscalizam o trânsito de Campo Grande atualmente e o número de empresas que se habilitaram no pregão eletrônico, mas não recebeu resposta até a publicação da matéria.
Veja locais sugeridos para instalação de equipamentos:
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