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Capital

Marido é condenado a 16 anos de prisão por estuprar e fotografar esposa

O caso foi julgado no dia 17 de maio e a sentença publicada no Diário de Justiça nesta terça-feira (25)

Geisy Garnes | 25/05/2021 10:39
Estátua da Justiça em frente ao Fórum de Campo Grande, onde juízes analisam o processo (Foto: Arquivo)
Estátua da Justiça em frente ao Fórum de Campo Grande, onde juízes analisam o processo (Foto: Arquivo)

A justiça condenou a mais de 16 anos de prisão homem de 39 anos que estuprou a própria esposa em Campo Grande. Por vários meses, a vítima foi violentada pelo companheiro sempre que se negava a manter relação sexual com ele. O réu ainda fotografou e filmou a mulher no banho em diversas ocasiões, sem sua permissão.

O caso foi julgado no dia 17 de maio e a sentença publicada no Diário de Justiça nesta terça-feira (25). De março a setembro de 2017 a vítima foi ameaçada e violentada pelo próprio marido sempre que se negava manter relações sexuais com ele. Os abusos aconteciam das mais diversas formas e até mesmo enquanto ela estava dormindo.

Sempre que tentava se separar o autor, era novamente ameaçada. Mais de uma vez escutou o marido afirmam que a mataria se encontrasse outra pessoa. O medo fez com que ela continuasse casada, sendo vítima dos abusos frequentes do suspeito.

Conforme a denúncia, a vítima ainda sofria de endometriose, doença que causa o crescimento de tecido endometrial fora do útero, e não era respeitada pelo companheiro de seis anos de relacionamento sequer nos momentos de dor.

Ao definir a sentença, o juiz da 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher levou em consideração o “perfil criminoso e a personalidade voltada para a práticas de delitos sexuais”, que segundo ele ficou evidente no depoimento da mãe da vítima, que flagrou uma das tentativas de estupro quando o casal passou uma noite em sua casa.

Para o magistrado o comportamento também ficou claro quando a vítima apresentou a polícia várias fotos tiradas pelo marido enquanto ela estava no banho ou dormindo, todas tiradas sem sua autorização.

Pelos crimes, o homem foi condenado a 16 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão no regime fechado, mais pagamento de R$ 1.500,00 de indenização por danos morais, no entanto, ganhou o direito de recorrer da decisão em liberdade.

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