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Capital

Médico condenado por 3 acidentes de trânsito é solto com tornozeleira

João Pedro da Silva Miranda Jorge teve direito a progressão da pena, explica defesa

Por Gustavo Bonotto e Silvia Frias | 17/04/2025 20:32
Médico condenado por 3 acidentes de trânsito é solto com tornozeleira
João Pedro da Silva Miranda Jorge, escoltado durante audiência em 2017. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

João Pedro da Silva Miranda Jorge, médico condenado por três acidentes de trânsito distintos, foi solto na tarde desta quinta-feira (17), por volta das 17h, após decisão judicial que atendeu a recurso da defesa. Ele deverá cumprir o restante da pena em liberdade, usando tornozeleira eletrônica, conforme apuração do Campo Grande News.

Para a reportagem, a defesa de João destaca que ele foi condenado no regime semiaberto, mas por cumprir um ano da pena em regime fechado, teve direito a progressão. "A execução penal entendeu que era caso o direito a detração, e então o progrediu do regime semiaberto para o aberto, na condição da tornozeleira eletrônica. Por isso ele não está em liberdade, mas sim cumprindo pena", esclarece o advogado Benedicto Figueiredo.

O réu estava preso no Centro de Triagem Anísio Lima, no Jardim Noroeste e desde o fim da tarde foi liberado para ir para casa. Entretanto, vai cumprir medidas cautelares, como comparecimento mensal em juízo; recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h; proibição de se ausentar da comarca, sem prévia autorização judicial; proibição de aproximação ou contato com vítimas e testemunhas arroladas na denúncia; proibição de frequentar bares, boates e casas noturnas.

Além disso, está suspenso para dirigir veículo automotor, com prazo inicial de seis meses; cumprimento das condições obrigatórias de comparecer perante a autoridade sempre que intimado ou mudar de residência, sem prévia permissão; e por fim, estar ciente de que o juízo de primeiro grau poderá aplicar cumulativamente outras medidas cautelares que repute adequadas.

Segundo o SEEU (Sistema Eletrônico de Execução Unificado), João Pedro deveria cumprir 6 anos e 20 dias de prisão. As condenações se referem a três acidentes de trânsito ocorridos entre 2017 e 2023. O primeiro, em 2 de novembro de 2017, resultou na morte de Carolina Albuquerque Macedo, de 24 anos, após uma colisão enquanto dirigia sob efeito de álcool. Por esse crime, João Pedro foi condenado a dois anos e sete meses de prisão em regime semiaberto.

Em 8 de junho de 2023, o médico se envolveu em um novo acidente, no cruzamento das avenidas Paulo Coelho Machado e Rubens Gil de Camilo, no Bairro Santa Fé. Ele dirigia uma caminhonete Amarok, que atingiu o carro de uma mulher, que ficou gravemente ferida e impossibilitada de andar por pelo menos 90 dias. Por esse acidente, o médico foi condenado a dois anos e seis meses, também em regime semiaberto.

A terceira condenação ocorreu por lesão corporal culposa, após João Pedro ser flagrado dirigindo embriagado em 21 de janeiro de 2017. Ele recebeu pena de nove meses e dez dias de detenção.

[ * ] Matéria alterada às 22h25 para acréscimo de conteúdo.

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