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Capital

Mesmo com oferta, policiais civis decidem manter greve em MS

Sindicato fará assembleia para analisar as propostas encaminhadas pelo Estado no próximo sábado (21)

Por Gustavo Bonotto | 18/09/2024 20:28

A entidade que representa os policiais civis atuantes em Mato Grosso do Sul decidiu manter a paralisação marcada para esta quinta-feira (19). A categoria cobra promessa da gestão anterior de elevar a remuneração para que seja a sexta melhor no âmbito nacional.

Conforme o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis), Alexandre Barbosa, o indicativo de greve não afetará os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos, medidas protetivas e casos de flagrante delito.

"Policiais, decidimos manter o cronograma de paralisações durante a noite desta quarta (18). Estamos reivindicando os nossos direitos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, a partir das 7h30", comunica o titular da entidade em vídeo encaminhado a grupos de mensagem.

Já o Sinpof (Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses) também confirmou a adesão no movimento, com paralisação às 9h, em frente ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), instalado na região do Lago do Amor.

A reportagem do Campo Grande News apurou que, no sábado (21), uma assembleia deve analisar as propostas enviadas pelo governo do Estado durante a tarde de hoje. Os termos foram detalhados pelo secretário de Administração, Frederico Felini.

Reivindicações - Os policiais querem reajuste de 28% no subsídio, para que o salário atinja a sexta posição no ranking nacional, aumento do auxílio-alimentação para R$ 800, implementação do auxílio-saúde equivalente ao dos delegados, plantões voluntários remunerados e adicional de fronteira.

No entanto, Felini explicou que o Executivo mantém a oferta inicial de incorporar auxílio-alimentação de R$ 400 ao salário, podendo chegar a cerca de R$ 1.200 conforme a posição do policial na carreira. Para a menor remuneração, haveria, ainda, abono de R$ 150, diante  de descontos previstos na folha de pagamento. Essa iniciativa atenderia cerca de 3.200 pessoas, incluindo aposentados e pensionistas.

O secretário pontua que isso pode gerar aumento real de 8% e revela disposição do governo em atender demanda dos policiais. Ocorre que, além do aumento de 100% no auxílio, os servidores reivindicam também auxílio-saúde, a exemplo do que foi criado por lei recentemente para os delegados, e 18% de aumento salarial.

A segunda possibilidade, segundo Felini, é encurtar a progressão na carreira dos policiais, excluindo a fase inicial, que tem a menor remuneração, hoje em R$ 5,7 mil, o que elevaria o piso dos agentes a R$ 6,3 mil, atendendo cerca de 300 a 400 pessoas.

O titular da Administração diz que nesse momento não há condições de fazer um escalonamento para elevação gradativa da remuneração, apontando que envolveria previsões orçamentárias.

Policiais protestaram no começo do mês ao cobrar promessa de elevar salários. (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)
Policiais protestaram no começo do mês ao cobrar promessa de elevar salários. (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami)

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