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Capital

Morador em Ponta Porã será ouvido sobre desaparecimento de filho de Fahd

Nadyenka Castro | 31/05/2011 16:59

Polícia sem pistas de “Danielito”

Um morador em Ponta Porã, município que fica a 323 quilômetros de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, será ouvido na investigação sobre o desaparecimento de Daniel Alvarez Georges, de 44 anos, filho do empresário Fahd Jamil Georges, conhecido como “Rei da Fronteira”.

De acordo com a Polícia Civil, o homem é parente de Daniel e será ouvido por carta precatória. Outras pessoas já foram ouvidas sobre o caso e, segundo o delegado responsável, Edílson de Oliveira, não há pistas sobre o paradeiro de “Danielito”, como o desaparecido é conhecido.

Ele está desaparecido há 28 dias. Conforme a família, que denunciou o sumiço à polícia no dia 11, ele foi visto pela última vez no dia 3 de maio, no Shopping Campo Grande.

Na fronteira entre Ponta Porã e o Paraguai, a família de Jamil está ligada a denúncias de tráfico e crime financeiro. Daniel estava em liberdade desde 29 de março deste ano, quando teve a prisão relaxada pela justiça paulista por excesso de prazo.

Ele foi preso em agosto do ano passado em São Paulo pela Denarc (Departamento de Investigações Sobre Narcóticos), após combinar encontro no Shopping Iguatemi. No caso de relaxamento da prisão, o réu deve informa a justiça mudança de endereço e pedir autorização para viagens fora do país.

Ligações - Em 2002, Daniel Georges foi preso por tráfico de drogas ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, vindo da Colômbia. Conforme reportagem do site do jornal O Estado de São Paulo, ele tinha ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e com Fernandinho Beira-Mar.

Pai - Conhecido como o “Padrinho do Paraguai”, Fahd Jamil foi condenado em 2005 a 20 anos de prisão por tráfico de drogas. O empresário nem chegou a ser preso e quatro anos depois foi absolvido pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). Em abril deste ano, o TRF manteve condenação por crime contra o sistema financeiro e determinou pena de 10 anos e seis meses de prisão. Ele é foragido.

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