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Capital

Movimento em rodoviária é tranquilo, mas passageiros sofrem com espera

Expectativa é que, até domingo, mais de 23 mil pessoas passem pelo terminal

Adriel Mattos e Cleber Gellio | 14/04/2022 11:30
Feriadão não lotou rodoviária, pelo menos hoje. Expectativa é 23 mil pessoas passando pelo local até domingo. (Fotos: Marcos Maluf)
Feriadão não lotou rodoviária, pelo menos hoje. Expectativa é 23 mil pessoas passando pelo local até domingo. (Fotos: Marcos Maluf)

Nem um dos poucos feriados prolongados deste ano lotaram o Terminal Rodoviário Senador Antônio Mendes Canale, em Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (14), véspera do feriado de Sexta-Feira Santa. Porém, a longa espera pelo próximo ônibus tem deixado parte dos passageiros cansados.

É o caso do administrador José Miguel Mamani Turpo, de 44 anos, e a filha Cristina, 20. Os dois vinham do Peru e vão para o Paraná, onde a jovem estuda. Eles chegaram cedo na capital sul-mato-grossense e vão acabar passando a noite no terminal.

Pai e filha entraram no Estado pela Bolívia. “Foi difícil por causa do clima, lá [na Bolívia] estava muito frio, e também tem altitude”, lamentou Turpo. Os dois preferiram a viagem de ônibus pelo custo.

José e Cristina vieram do Peru de ônibus por ser mais em conta.
José e Cristina vieram do Peru de ônibus por ser mais em conta.

“Se fosse para viajar de avião, seria US$ 400 a US$ 500 por pessoas. De ônibus é US$ 150”, relatou o administrador.

Já a dona de casa Luzia Gomes Camargo, 63, enfrentou outro tipo de percalço. Por lei, ela tem direito a viajar gratuitamente, mas teve uma surpresa desagradável em Campo Grande. Ela veio de São Paulo (SP) e vai para Corumbá visitar a filha, Karen.

Luzia teve que pagar uma passagem, mesmo tendo direito a viajar gratuitamente.
Luzia teve que pagar uma passagem, mesmo tendo direito a viajar gratuitamente.

“De São Paulo para cá [MS], vim de graça. Mas cheguei e não consegui embarcar porque faltou o cartão do idoso”, disse Luzia, que chegou às 23h30 de quarta-feira (13) e teve que passar a noite no terminal.

Ela teve que pagar a passagem para seguir viagem. “Tive que pagar R$ 170. Levou boa parte da minha economia, mas minha filha vai me ajudar na volta”, contou.

A médica Joselita da Assunção, 46, se formou no Paraguai e vai para Palmas (TO) fazer a prova do Revalida. Moradora de Nova Londrina (PR), ela reclamou da infraestrutura do terminal para quem é obrigado a aguardar a conexão.

“Meu ônibus sai às 15h e para mim já é sofrido. Imagina para outras pessoas, sem contar o preço da alimentação”, disse.

Expectativa – Conforme a concessionária que administra o terminal, os destinos mais buscados, pelos que já compraram passagens são: Brasília, Corumbá, São Paulo e Cuiabá.

Entre os dias 14 e 18 de abril, data em que é celebrado feriado de Páscoa, cerca de 23 mil pessoas devem embarcar e desembarcar no Terminal Rodoviário de Campo Grande. Caso seja necessário, ônibus extras serão disponibilizados para atender a demanda de passageiros.

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