Músico feminicida está em cela isolada e tem rotina diferenciada, diz defesa
Vanessa Ricarte foi morta pelo ex-noivo no dia 12 de fevereiro na casa onde morava, no Bairro São Francisco
Preso em flagrante logo depois de matar a facadas a ex-noiva, jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, o músico Caio Cesar Nascimento Pereira, 35, continua em penitenciária de Campo Grande e com rotina diferenciada. O crime, que repercutiu nacionalmente, aconteceu no dia 12 de fevereiro, na Capital.
RESUMO
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O músico Caio Cesar Nascimento Pereira, de 35 anos, está preso em Campo Grande após matar a facadas sua ex-noiva, a jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, em fevereiro. Ele cumpre pena em cela separada e com horários diferenciados. A defesa tenta provar que o crime foi cometido sob efeito de drogas, solicitando exames toxicológicos. Vanessa havia procurado a polícia horas antes do crime, denunciando Caio por divulgação de imagens íntimas e ameaças. O caso gerou repercussão nacional e medidas contra a violência doméstica estão sendo discutidas.
O músico foi preso no imóvel onde aconteceu o crime, localizado no Bairro São Francisco. A defesa tenta provar que o feminicídio foi cometido sob efeito de drogas. Na primeira audiência, a de custódia, o advogado Welington Mendes tentou internação em uma clínica para Caio, pedido que foi negado pela justiça.
O advogado explicou que ele segue no presídio e está, aparentemente, bem. Mas, não informa qual a penitenciária Caio está custodiado.Em isolamento dos demais internos, tem horário diferenciado dos outros", afirmou ao Campo Grande News.
Apesar do relato, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), nega que a diferenciação na rotina seja exclusiva para ele. "Só está em cela separada. Cada pavilhão e solário tem seus horários e rotinas", informou a pasta.
Pedido - No dia 27 de fevereiro, a defesa entrou com um pedido para a realização de exames mais detalhados, na tentativa de provar que o feminicídio foi cometido sob efeito de drogas. Os advogados argumentam que, com base nos depoimentos já colhidos, incluindo o do amigo da vítima que testemunhou o crime, é necessário comprovar que o acusado era usuário frequente de cocaína.
Para isso, solicitam um exame toxicológico de larga janela de detecção, capaz de identificar o uso da substância por um período prolongado.
O caso - A jornalista Vanessa Ricarte procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) horas antes de ser assassinada, no dia 12 de fevereiro. Ela denunciou Caio por divulgação de imagens íntimas e disse ter medo dele devido às ameaças que vinha sofrendo.
Na ocasião, Vanessa solicitou medida protetiva e, à tarde, foi até a casa onde morava para buscar pertences, antes que Caio fosse notificado pela Justiça. No entanto, não houve tempo. Durante uma discussão, Caio esfaqueou Vanessa três vezes no coração. Um amigo da jornalista, que estava no local, tentou intervir, mas não conseguiu evitar o crime.
Após o feminicídio, série de medidas foram tomadas pelo fim da violência contra a mulher, uma delas investigação sobre o atendimento fornecido à jornalista, que procurou a polícia momentos antes de ser morta.
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