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Capital

Músico que matou jornalista diz ser ameaçado e pede para sair da "Supermáxima"

Caio quer ser transferido para o Centro de Triagem Anízio Lima, “ou qualquer outro Presídio" que não a Máxima

Por Lucia Morel | 10/04/2025 16:12
Músico que matou jornalista diz ser ameaçado e pede para sair da "Supermáxima"
Caio Nascimento era músico e aparece nessa imagem durante uma de suas apresentações. (Foto: Redes sociais)

Alegando sofrer ameaças dentro da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II — conhecida como “Federalzinha” ou “Supermáxima” —, Caio Cesar Nascimento Pereira, réu pelo assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, ocorrido em 12 de fevereiro deste ano, pediu transferência para qualquer outra unidade de segurança da Capital, com exceção do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima.

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Caio Cesar Nascimento Pereira, acusado do assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, pediu transferência da Penitenciária Estadual Masculina De Regime Fechado Da Gameleira II, em Campo Grande, alegando ameaças de outros detentos. Ele deseja ser transferido para o Centro de Triagem Anízio Lima ou outra unidade, exceto a Máxima. O pedido foi feito à Justiça para garantir sua segurança. Vanessa foi morta em fevereiro após ser esfaqueada por Caio, que tem histórico de violência doméstica. A defesa técnica de Caio será conduzida pelo advogado Ricardo Franco.

Atendido pelo defensor público Ronald Calixto Nunes, da 17ª Defensoria Pública Criminal de Campo Grande, Caio afirmou, por videoconferência, que enfrenta “problemas de convívio” dentro do presídio, “tendo em vista que tem sofrido ameaças por parte dos demais internos, por conta da ação penal que responde”. Ao defensor, relatou desejo de ser transferido para o Centro de Triagem Anízio Lima ou “qualquer outro presídio desta Capital, que não seja o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho”.

Segundo a petição, apresentada no fim de março, o pedido busca garantir a integridade física do réu. O registro foi feito na 1ª Vara do Tribunal do Júri, sob responsabilidade do juiz Carlos Alberto Garcete, mas deve tramitar na 1ª Vara de Execução Penal. Por isso, foi redistribuído, sem novo andamento até o momento. Caio permanece custodiado na Gameleira II.

O advogado Renato Franco passou a acompanhar o processo referente ao feminicídio de Vanessa e informou ter ciência do pedido de transferência, mas ressaltou que o andamento do requerimento está sob responsabilidade da Defensoria Pública. Franco atuará na chamada defesa técnica, acompanhando “oitivas, audiências, requerimentos e também a sustentação no plenário, no caso de existir pronúncia para que ele seja submetido ao júri popular”, afirmou.

Feminicídio – Vanessa Ricarte havia solicitado medida protetiva após ser ameaçada por Caio. No dia do crime, ela foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) em busca de mais informações sobre a medida e, em seguida, dirigiu-se ao imóvel onde morava com o músico para buscar seus pertences. Houve uma discussão, e Caio a esfaqueou três vezes no coração.

A jornalista chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na Santa Casa de Campo Grande. Caio Nascimento, que possui histórico de violência doméstica, foi preso em flagrante e permaneceu em silêncio durante o depoimento na delegacia.

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