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Capital

Na “porta de entrada” para o coronavírus a prevenção é álcool em gel

Quem desembarca em Campo Grande encontra ao menos três dispensers de álcool em gel no Aeroporto Internacional

Maressa Mendonça | 14/03/2020 18:16
Jovem com máscara após desembarcar no Aeroporto de Campo Grande
Jovem com máscara após desembarcar no Aeroporto de Campo Grande

Em meio à pandemia de coronavírus e com dois casos confirmados em Campo Grande quem desembarca na cidade se protege como pode. Neste contexto, o maior aliado é o álcool em gel. No Aeroporto Internacional da Capital, por exemplo, estão disponíveis ao menos três dispensers com o produto. Também foram anexados avisos nas proximidades das portas de embarque e desembarque alertando sobre a doença. Quem chega após viagem internacional ainda precisa ficar sete dias isolado.

O estudante Bruno Reich Amorim, de 20 anos, desembarcou na Capital, onde mora na tarde deste sábado (14) após passar um tempo na Alemanha. Ele conta ter embarcado no dia 28 de janeiro quando o assunto e a própria doença ainda estavam muito concentrados na China e percebeu diferença no retorno, mas muito pequena.

Bruno Reich Amorim estava na Alemanha e terá de ficar sete dias em isolamento (Foto: Henrique Kawaminami)
Bruno Reich Amorim estava na Alemanha e terá de ficar sete dias em isolamento (Foto: Henrique Kawaminami)

“Não me pararam para medir temperatura, nem perguntaram nada”, conta sobre a escala feita em Paris e conexão em São Paulo. “Em Paris tinha muita gente de máscara. Em São Paulo também tinha algumas, mas aqui não vi muitos”. Antes mesmo de desembarcar ele foi informado por parentes que teria de ficar em isolamento respiratório domiciliar, conforme recomendação da Secretaria de Estado de Saúde.

O isolamento terá duração de sete dias porque ele não apresenta nenhum sintoma da doença. Neste período, ele ficará em hotel. “É chato, né? Mas não tem o que fazer. Tem que esperar”.

Ana Paula costuma carregar álcool em gel na bolsa (Foto: Henrique Kawaminami)
Ana Paula costuma carregar álcool em gel na bolsa (Foto: Henrique Kawaminami)
Ronaldo Silva com máscara para se proteger (Foto: Henrique Kawaminami)
Ronaldo Silva com máscara para se proteger (Foto: Henrique Kawaminami)

Avisos - Informações sobre a doença foram anexadas nas colunas do Aeroporto em Campo Grande, mas não há nenhum servidor de saúde exclusivo para atender ou dar orientações para quem chega, por exemplo.

A atendente comercial Ana Paula Dias dos Santos, de 32 anos, conta ter ouvido algumas mensagens com orientações e informações sobre o coronavírus no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), onde também encontrou muita gente de máscara, diferente do cenário em Campo Grande. “Principalmente idosos e crianças”, lembra.

Ela conta que não estava com máscara quando foi abordada pela reportagem porque esqueceu em casa. “Senão teria usado também”, mas o álcool em gel ela não deixa de carregar na bolsa. “Sempre gostei, mas agora fico mais preocupada”, diz.

Quem também colocou um produto a mais na mochila foi o estudante Ronaldo Silva, de 25 anos. Ele descartou uma máscara assim que deixou o Aeroporto de Viracopos, mas ficou com outra unidade na bagagem. “Por mais que a orientação do uso da máscara seja para quem está com tosse ou resfriado a gente fica receoso”, diz.

Tanto Ronaldo quanto Ana Paula contam não terem sido abordados em nenhum aeroporto para dar informações sobre a origem, receber alguma informação ou mesmo passar por algum teste rápido, mas elogiam as dicas divulgadas amplamente no Aeroporto de Viracopos.

Durante o momento em que a reportagem esteve no Aeroporto Internacional de Campo Grande não ocorreu nenhuma mensagem sonora sobre a doença, mas vários cartazes foram encontrados anexados no espaço.

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