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Capital

No 2º dia sem ônibus, valor por quilômetro mais que dobra em corridas por app

Corrida de R$ 30 está passando dos R$ 70 na manhã desta terça-feira em Campo Grande

Por Gabriel Neris | 16/12/2025 06:36
No 2º dia sem ônibus, valor por quilômetro mais que dobra em corridas por app
Ponto de ônibus do Shopping Campo Grande vazio (Foto: Marcos Maluf)

Campo Grande começou esta terça-feira sob chuva e pelo segundo dia consecutivo sem transporte coletivo urbano. A greve dos motoristas de ônibus segue sem acordo e voltou a impactar diretamente a rotina de quem depende do serviço para trabalhar ou acessar serviços básicos.

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A greve dos motoristas de ônibus em Campo Grande entrou no segundo dia consecutivo, deixando a população sem transporte coletivo urbano. A paralisação tem impactado principalmente moradores de bairros afastados do Centro, que precisaram recorrer a alternativas como aplicativos de transporte, caronas ou caminhadas. Com a ausência dos ônibus e sob chuva, as tarifas dos aplicativos de transporte dispararam. Uma corrida que normalmente custaria R$ 30 chegou a R$ 71,61 em algumas modalidades. A categoria reivindica melhorias nas condições de trabalho e avanços salariais, com audiência de conciliação prevista para esta quarta-feira.

Com a frota parada, usuários recorreram aos aplicativos de transporte logo nas primeiras horas da manhã e encontraram tarifas bem acima do habitual. Por volta das 6h, uma corrida curta entre a Rua Pedro Eduardo Leite, no Centro-Oeste, e a Rua do Alto, no bairro Santa Fé, custava R$ 65,10 no Uber Pop, R$ 71,61 no Pop Expresso e R$ 35,60 na categoria Moto.

No mesmo trajeto, o UberX saía por R$ 57,74, o Comfort por R$ 59,61 e o Preço Flex por R$ 54,02. Em dias sem paralisação, o valor médio para esse deslocamento não passava de R$ 30.

Levando em conta essa corrida,  valor médio subiu de R$ 7,50 por quilômetro para R$ 16,40, mais que o dobro.

No 2º dia sem ônibus, valor por quilômetro mais que dobra em corridas por app
Valor de viagem dobrou em dia de chuva e greve (Foto: Reprodução)

A própria plataforma indicava “preços mais altos do que o normal”, reflexo direto do aumento da demanda provocado pela ausência dos ônibus.

Desde as primeiras horas, pontos de ônibus ficaram vazios e terminais sem movimentação, enquanto trabalhadores, estudantes e idosos precisaram buscar alternativas, como aplicativos de transporte, caronas ou longas caminhadas. Em algumas regiões da Capital, o impacto foi maior, especialmente nos bairros mais afastados do Centro.

A greve dos motoristas ocorre em meio a reivindicações da categoria, que cobra melhorias nas condições de trabalho e avanços nas negociações salariais. Até o momento, não houve acordo entre o sindicato dos trabalhadores, as empresas concessionárias e o poder público que garantisse a retomada do serviço.

Os trabalhadores do transporte coletivo decidiram manter a greve e não cumprir a determinação judicial que prevê a circulação mínima de 70% da frota, por se tratar de serviço essencial. A categoria afirma que a paralisação continua diante da falta de avanço nas negociações.

O impasse só deve voltar à mesa nesta quarta-feira, quando está prevista uma audiência de conciliação entre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande. O Poder Executivo afirma estar em dia com o pagamento da tarifa técnico, repassada ao Consórcio.

No 2º dia sem ônibus, valor por quilômetro mais que dobra em corridas por app
Homem sentado em ponto de ônibus em frente ao prédio da prefeitura (Foto: Marcos Maluf)