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Capital

Oferta de cursos e cestas básicas gera desconfiança no Parque do Sol

Amanda Bogo | 16/07/2017 08:29
Salão onde inscrições para cursos são realizadas (Foto: Marcos Ermínio)
Salão onde inscrições para cursos são realizadas (Foto: Marcos Ermínio)

Moradora do bairro Parque do Sol, região sul de Campo Grande, denuncia suposto golpe na área. Segundo ela, uma mulher oferece cursos e cesta básicas em troca de dinheiro, porém não cumpre com o prometido após receber os valores. 

A denunciante, que prefere não ser identificada, entrou em contato com a reportagem do Campo Grande News alegando que uma mulher chegou ao local oferecendo cursos de capacitação e doações de cestas básicas para os populares que investissem R$ 10 no projeto.

A desconfiança surgiu após boatos de que a situação se tratava de um golpe, já aplicado no bairro Jardim Noroeste, e se espalhou pela região. “Um ex-funcionário disse para os moradores que ela pegou o dinheiro para ela e quando as pessoas iam cobrar, ela jogava a responsabilidade nesse funcionário e que por isso não ia dar a cesta básica.”.

A reportagem foi até o salão onde as inscrições são feitas. Localizado na avenida Evelina Figueiredo Selingardi, via principal do bairro, e sem numeração, o estabelecimento possui em seu interior apenas uma geladeira, mesa acompanhada de cadeira e um cartaz na parede anunciando um curso.

A responsável em receber as inscrições não quis se identificar, permitiu apenas imagens do ambiente e ressaltou diversas vezes não poder citar quem estava por trás do projeto. Destacou somente que é uma organização sem fins lucrativos e ligação com o poder público.

“Vão ser dados cursos de design de sobrancelha, depilação, manicure e pintura. Dos inscritos, os que estiverem em situações precárias vão ganhar uma cesta básica. As aulas vão ser dadas por mim e por voluntários”.

Ela garantiu que o valor de R$ 10 não é obrigatório, mas os que pagam destinam o dinheiro a manutenção do programa. Sobre a denúncia de ter implantado a proposta em outro bairro, a mulher negou, afirmou que ele acontece em outras áreas da Capital, mas, novamente, disse não poder apontar quem o realiza.

“É comum eles terem desconfiança. Enquanto os inscritos não recebem a cesta básica, eles não acreditam no trabalho. No próxima dia 25 vamos inaugurar e entregar as cestas, e faço questão que vocês venham acompanhar para ver que é tudo verdade”, finalizou.

Um pouco mais a frente, na mesma avenida, está a sede da CECAPRO (Centro de Capacitação Profissional) do bairro. Lá, a funcionária informou a reportagem que nenhum dos funcionários tinham conhecimento do caso.

Neste domingo (16), a denunciante entrou novamente em contato com a reportagem para informar que a responsável pelas inscrições fechou as portas do salão e que afirmou aos moradores que não fará mais os cursos por "eles terem feito as denúncias e serem ingratos".

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