Operação retirou 4 mil metros de fios e achou 15 empresas clandestinas no Centro
Delegacia orienta que consumidores que ficaram sem os serviços de internet procurem o Procon
Operação que teve como alvo os fios soltos e ‘gatos’ na internet clandestina, que se estendeu pela madrugada desta quinta-feira (27), resultou na retirada de mais de 4 mil metros de fiação irregular. Na região central de Campo Grande, pelo menos 15 empresas de internet clandestinas tiveram os serviços desligados, que usavam 22 postes..
A operação contra operadoras clandestinas foi deflagrada pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), depois de muita reclamação e reportagens sobre o emaranhado de fios espalhado pela cidade. Para justificar o problema de manutenção, as empresas clandestinas de internet viraram os principais alvos.
Os trabalhos, que começaram por volta das 21h de quarta-feira (26) e se estenderam até as 3h10 de quinta-feira (27), ocorreram nas Ruas Rui Barbosa, Rua José Antônio, Avenida Afonso Pena e Avenida Fernando Corrêa.
A ação é resultado de uma indicação do deputado estadual Paulo Duarte (PSB), que pediu a fiscalização ostensiva ao problema que ele vem denunciando desde o início do ano. No plenário da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), na manhã de hoje o parlamentar avaliou a operação como uma resposta para mostrar que "aqui não é terra de ninguém".
"Identificou que há empresas clandestinas e a desordem, mesmo as empresas que não são clandestinas colocam o fio de qualquer jeito. Essa operação é o inicio da solução do problema, vamos pedir para que se estenda as outras áreas da cidade e para o interior também", apontou Duarte.
A iniciativa da Decon mapeou mil instalações irregulares, sendo os principais ‘violões’ a rede de distribuição clandestina de internet. Com o desligamento dessas 15 empresas irregulares e a consequente suspensão no sistema de internet, os consumidores deverão procurar o Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor).
A orientação foi repassada pelo delegado Reginaldo Salomão ao Campo Grande News, que acompanhou o início da operação na noite de ontem. “Pode ser que amanhã alguns consumidores de internet daqui dessa região tenham uma surpresa. A fiação será cortada e nossa intenção é de orientar a todos para que procurem seus direitos", assegurou.
Prazo - Em nota divulgada nesta manhã pela Energisa é dado o prazo de 30 dias para que as empresas advertidas pela concessionária tomem as medidas necessárias.
“As empresas cadastradas, que já tinham sido notificadas anteriormente, foram advertidas novamente e terão prazo de 30 dias a contar de hoje para tomar as providências necessárias. Já aquelas que não estão autorizadas a fazer o uso compartilhado de postes de energia responderão pela ilegalidade junto à Polícia Civil, de acordo com o delegado Reginaldo Salomão da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo”.
Matéria atualizada 12h19 para acréscimo de informação.
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