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Capital

Paciente chama a polícia diante de superlotação na UPA Universitário

Ela conta que chegou às 14h e saiu somente às 21h47 da unidade de saúde

Por Aline dos Santos | 18/04/2025 11:28


RESUMO

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Uma paciente em Campo Grande chamou a Polícia Militar devido à superlotação na UPA Universitário, onde aguardou atendimento por acidente de trabalho por quase oito horas. Durante a espera, presenciou casos urgentes, como uma criança picada por escorpião. A polícia sugeriu que ela gravasse um vídeo para a imprensa e fizesse reclamação na Ouvidoria, mas a paciente duvida da eficácia. A UPA enfrenta críticas por atrasos na troca de plantão médico. A prefeitura e a PM não responderam sobre o caso. O orçamento de 2025 destina R$ 2,2 bilhões para a saúde.

Paciente ligou para o 190 e chamou a PM (Polícia Militar) diante da superlotação na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, em Campo Grande. A intenção era denunciar negligência, mas ela ouviu do policial que era melhor gravar um vídeo e mandar para a imprensa.

Moradora no Universitário, Christyna Rosa, 39 anos, conta que foi à UPA por conta de um acidente de trabalho. Ela precisava do atendimento para dar início ao CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Ela chegou à unidade às 14h de quinta-feira (dia 17) e saiu somente às 21h47.

Nessas longas horas, conta que viu pessoas precisando de atendimento, como uma bebê com febre alta e uma criança de 4 anos picada por escorpião. Também presenciou a mãe de Gabriel Willian Cardoso de Azevedo e Silva, que morreu após ser baleado por guarda civil metropolitano, ser comunicada pela assistente social sobre o óbito. O anúncio da morte foi no meio do outros pacientes, "para todo mundo ouvir" e a mulher passou mal.

Por causa do caso, a unidade de saúde estava cheia de guardas. Christyna afirma que reclamou da demora no atendimento. “Eu pensei, não vou bater boca, não vou discutir, não vou desacatar. Liguei para o 190 e chamei a polícia”, diz.

Além de procurar a imprensa, ela conta que o policial sugeriu que ela fizesse reclamação na Ouvidoria. Porém, a paciente se mostra incrédula em obter melhorias por meio desse canal. “A gente faz a reclamação, a Ouvidoria liga para a gerente do posto, que diz que nada aconteceu e fica por isso mesmo”.

Ela afirma que os médicos demoram na hora da troca do plantão, que deveria ser às 18h.

O Campo Grande News também recebe reclamação de pacientes de demora para atendimento na UPA Nova Bahia. Para 2025, a Capital tem orçamento de R$ 6,8 bilhões, sendo 32,99% destinado para a Saúde: R$ 2,2 bilhões.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande e a Polícia Militar.

Por meio de nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) aponta que as reclamações não procedem.

"Após verificação nos registros da unidade de saúde com atendimento 24 horas, não foi constatada a entrada de paciente vítima de acidente com escorpião. Reforçamos que, em situações específicas — especialmente envolvendo crianças —, a conduta da equipe é imediata, seguindo rigorosamente os protocolos de atendimento estabelecidos. Também não há registro de acionamento da Polícia Militar por motivos relacionados a atendimentos realizados na unidade".

Ainda segundo a Sesau, mesmo diante de  aumento na demanda por atendimento nesta quinta-feira (17), o funcionamento da unidade transcorreu normalmente, com o comprometimento e a dedicação das equipes mantidos durante todo o período.

Matéria editada às 12h18 para acréscimo de resposta da Sesau.

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