Paciente que voltou do Acre é nova suspeita de Febre Oropouche em MS
Primeiro caso do vírus confirmado na história de Mato Grosso do Sul foi em junho
A SES (Secretaria de Estado de Saúde) investiga nova suspeita de Febre Oropouche em Campo Grande. O primeiro caso confirmado na história de Mato Grosso do Sul foi em 12 de junho. Naquela ocasião, a paciente recebeu o diagnóstico na Capital, mas o contágio aconteceu, provavelmente, na Bahia.
A nova suspeita se trata de uma pessoa que voltou de viagem ao Acre. “O paciente esteve em área com transmissão local da doença e ao retornar ao Estado procurou atendimento na rede privada de saúde, onde encontra-se assistido”, informa a SES.
O exame é feito pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul) e o resultado é aguardado para a próxima semana.
Em geral, os surtos da doença, comumente confundida com a dengue, eram na região Norte do País, mas em 2024 a Febre Oropouche alargou seus territórios, com registros de casos em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina.
Os sintomas incluem febre de início repentino, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, além de tontura, dor na parte posterior dos olhos, calafrios, náuseas, vômitos.
De acordo com o médico infectologista José Bampi, doutorando em Doenças Infecciosas e Parasitárias na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), na Febre do Oropouche, o vetor não é o Aedes aegypti, mas o mosquito-pólvora. Enquanto o Aedes tem um centímetro, o pólvora tem a medida em milímetros. Portanto, bem menor.
“A doença é muito parecida com a dengue, mas mais branda. Tem duração de sete dias, com dor de cabeça, febre, mal-estar, lesão na pele”, afirma o infectologista. Contudo, na forma grave, pode evoluir para meningite.
O mosquito-pólvora se reproduz na matéria orgânica em decomposição. Por isso é importante deixar os terrenos limpos. Quanto aos hábitos, ele circula preferencialmente no começo da manhã e fim da tarde. As medidas de proteção incluem uso de roupas que protejam mais áreas do corpo, como manga longa, e repelentes que contenham DEET ou icaridina.
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